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PRF e OPAS lançam projeto de segurança viária

Acordo segurança viária
O tratamento destes dados vai tornar mais efetiva a adoção de medidas preventivas para a segurança viária. Foto: Divulgação PRF.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) colocaram em operação, no início do mês passado, um projeto de segurança viária que vai melhorar a coleta e o tratamento de dados de fatores de risco nas rodovias federais brasileiras. A iniciativa é financiada pelo Fundo de Segurança Rodoviária da Organização das Nações Unidas (UNRSF). Ela também conta com a participação do Programa de Pós-Graduação em Transportes da Universidade de Brasília (UnB). Além do do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) do Ministério dos Transportes. 

A seleção do projeto da PRF ocorreu pela agência que cuida da saúde nas Américas em meados do ano passado. E, desde então, as equipes estavam debruçadas no detalhamento do projeto e cronograma.

De acordo com os técnicos da PRF, num primeiro momento, vai ser realizada a revisão e aprimoramento das metodologias de coleta de dados de sinistros de trânsito e a definição de trechos críticos. Além disso, identificação e coleta de fatores de risco e a análise de dados e proposta de medidas necessárias à promoção da segurança viária. Em seguida, haverá o desenvolvimento de um sistema digital. Ele irá coletar, processar e analisar dados pré-sinistro (fatores de risco) identificados em trechos críticos de rodovias sob a circunscrição da PRF.

A PRF já produz análises estatísticas de dados de sinistros que ocorrem na malha viária sob sua responsabilidade. No entanto, enfrenta grandes desafios para a coleta de fatores de risco e sistematização desses dados. O tratamento destes dados vai tornar mais efetiva a adoção de medidas preventivas. Como, por exemplo, fiscalização focada, iniciativas de educação e comunicação direcionadas e intervenções de infraestrutura viária.

Para o assessor em segurança viária e mobilidade sustentável da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), Victor Pavarino, “o projeto, além de fortalecer a integração entre instituições que atuam na segurança rodoviária do Brasil, permitirá a qualificação da informação para subsidiar intervenções eficazes e em tempo oportuno, com ações embasadas em evidências”, defende. 

A solução proposta envolve a atuação conjunta da PRF, UnB, DNIT e Senatran. Ao final do período de implementação do projeto, a meta é que todos os policiais rodoviários federais estejam capacitados para identificar fatores de risco nas rodovias durante o seu turno de trabalho. A realização do cadastro destes fatores de risco acontecerá em um aplicativo de fácil manuseio. A partir disso, haverá o envio de dados para um sistema integrado de análise, monitoramento e controle. A área de prevenção de acidentes da PRF tratará esses dados, para disponibilizá-los aos órgãos responsáveis pela infraestrutura das rodovias. Aí eles poderão planejar e implementar as intervenções necessárias. O desenvolvimento do sistema proposto ocorre com uma estrutura flexível e adaptável. No futuro, ele deverá ser disponibilizado aos estados e municípios e até a outros países interessados.

Fundo de Segurança Rodoviária da ONU 

O Fundo de Segurança Rodoviária da ONU (UNRSF) é a principal forma de nações, empresas e indivíduos contribuírem financeiramente para os esforços das Nações Unidas e de seus parceiros para apoiar os programas de segurança viária dos países-membros. A criação do UNRSF ocorreu em abril de 2018. O objetivo foi alavancar o conhecimento coletivo e a capacidade do sistema da ONU e de todas as partes interessadas para alcançar impacto global e mudança de desenvolvimento de longo prazo por meio de uma redução de lesões e mortes causadas pelo trânsito e a perda econômica daí decorrente.

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