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VCG protocola pedido de liminar para que ônibus operem com 70% da frota

Foto: Arquivo DC

A Viação Campos Gerais (VCG) protocolou na Justiça do Trabalho um pedido de liminar para que os ônibus voltem a operar com pelo menos 70% da frota. A informação foi repassada pelo Sintropas, sindicato que representa a categoria que deflagrou greve por tempo indeterminado desde a última segunda-feira (5). A concessionária informou que tenta uma conciliação.

De acordo com o presidente do Sintropas, Luiz Carlos de Oliveira, a Justiça não havia se manifestado até a manhã de terça-feira (6). A greve teve adesão de 100% dos funcionários que estão com parte dos seus salários atrasados.

Conforme apontou o Sintropas, são 1.100 trabalhadores que aguardam pelo pagamento referente aos serviços prestados no mês de fevereiro. A segunda parcela do salário deveria ter sido paga no dia 25 de março. Além disso, a primeira parcela referente a março vence na próxima quarta-feira (7) e não há previsão de pagamento.

A assessoria de comunicação da VCG não confirmou a informação sobre o pedido de liminar, mas também não negou. A empresa apenas informou que “está buscando uma conciliação”.

Lembrando que em greves anteriores, a Justiça determinou que parte da frota continuasse operando. Uma diferença importante é que nas greves passadas a motivação dos trabalhadores era reajuste salarial. Agora, é por falta de pagamento de salários. Uma determinação que obrigue o retorno, mesmo de parte da frota, seria como impor a obrigação de trabalhar sem receber.

Indeterminado

Os trabalhadores, que estavam com indicativo de greve desde janeiro, alegam que o transporte só deverá voltar quando os pagamentos forem efetuados. “Mais de mil funcionários passaram a Páscoa sem nada e a tendência é só piorar. A previsão do pagamento da primeira parcela de março está prevista para o dia 7 e, provavelmente, isso não vai acontecer. Os ônibus só voltam se houver pagamento e até o momento não recebemos nenhum comunicado por parte da empresa”, disse Oliveira.

Em nota, a Prefeitura de Ponta Grossa informou que está acompanhando a situação e disse ainda que “caso haja necessidade, irá verificar e aplicar medidas cabíveis”. Com relação ao repasse de subsídio, o Município ressaltou que não existe base na lei para a realização deste tipo de repasse para a concessionária.

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