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Usuários voltam a enfrentar ônibus lotados em Ponta Grossa

Com a retomada do horário normal do comércio e as recentes flexibilizações dos decretos contra a covid-19, usuários do transporte coletivo de Ponta Grossa estão enfrentando veículos extremamente cheios em horários de pico. A redação do dcmais recebeu imagens nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (3) que mostram a lotação. Em contrapartida, a Viação Campos Gerais (VCG) diz que a quantidade de passageiros segue caindo.

O exemplo enviado à reportagem mostra a linha ‘Roma – via Canaã’. O veículo passa por regiões bastante habitadas no bairro Contorno. Entre elas estão Vila Ricci, Canaã, Santa Terezinha, Roma, Athenas, Itapoá, Buenos Aires e Porto Feliz. Na ida ao trabalho, não há quase espaço para os passageiros que convivem com o temor de transmissão pelo coronavírus.

O problema é que devido à falta de pagamento aos funcionários a VCG está rodando somente com 50% da frota. Esse é o limite mínimo que uma decisão judicial estabeleceu ao movimento grevista. Assim, a população fica em meio ao impasse que envolve a empresa e os trabalhadores.

Apesar da lotação, a Viação afirma que o número de usuários segue despencando. Antes da pandemia, a VCG contabilizava cerca de 80 mil pessoas por dia. Depois, com a circulação viral sob controle, caiu para 40 mil. No lockdown, em março, caiu para 30 mil. E, conforme dados internos, a quantidade chegou a 17 mil na semana passada, quando funcionário fizeram por conta própria duas paralisações ao longo de cada dia.

Emergência

Nesta segunda-feira (3), O Sintropas – sindicato que representa os trabalhadores do transporte coletivo – protocolou petição na Justiça do Trabalho de Ponta Grossa. A solicitação é para que seja determinado que a Viação dos Campos Gerais (VCG) anexe aos autos, de maneira urgente, os holerites de todos os funcionários, com a respectiva conta salário de pagamento. O objetivo é que o judiciário possa cobrar a transferência dos valores bloqueados da VCG aos trabalhadores.

Na última semana, a reportagem do dcmais apurou que o bloqueio, que seria de até R$ 2,2 milhões (valor total devido pela empresa), não chegou a R$ 400 mil, o que não paga 15% dos funcionários. Mesmo assim, o Sintropas atua para que os trabalhadores tenham parte do salário quitado. De acordo com o Sindicato, o pedido de urgência se fundamenta na situação financeira dos colaboradores da empresa do transporte coletivo.

E a Prefeitura?

Questionada sobre a situação do transporte coletivo, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa reforça que a circulação de 50% da frota é uma decisão que não coube à administração pública e acrescenta: “A Prefeitura de Ponta Grossa, através da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), acompanha diariamente a situação e está avaliando ajustes pontuais para reduzir a pressão sobre o sistema. No entanto, a suspensão do movimento grevista é imprescindível para que se alcance regularidade, efetividade e maior segurança para todos os usuários”.

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