De acordo com dados do Ministério da Economia referentes a janeiro a julho de 2021 a soja é tanto o item mais exportado quanto o mais importado de Ponta Grossa: representa 77,9% de todo o valor obtido com vendas ao exterior, considerando os resíduos da extração do óleo de soja (57%), o óleo de soja (15%) e o grão, mesmo triturado (5,9%), e 19% de tudo que é comprado de outros países, apenas no formato de grão, mesmo triturado.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto, isso está acontecendo por conta das variações do mercado. “O produto subiu muito, então as empresas tentam segurar o mercado. A soja está alavancando demais e as empresas preferem ter um custo parecido ou igual ao que tem aqui para trazer de fora para parecer que o mercado não está tão apertado”, afirma.
“É uma tendência também para o ano que vem, tanto para a soja, quanto para o milho, devido às safras. A brasileira tem perspectiva de recorde, mas não é suficiente para o mercado. Temos hoje mais gente comendo no mundo; aumentou a capacidade do pessoal se alimentar, e aí há aumento da demanda”, lembra o presidente da entidade.
Gustavo Ribas Netto também destaca que Ponta Grossa concentra muitas indústrias moageiras. “Não temos produto suficiente entre aspas, porque exportamos. O produtor vai vendendo, o produto vai indo pra fora, e a hora que aperta temos que comprar este volume”, destaca ele, reforçando que essa variação também se deve às diferenças nas época de colheitas de grandes produtores e consumidores como Brasil e Estados Unidos.
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