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Sintropas-PG adota cautela antes de tomar decisão sobre possível paralisação

Foto: Arquivo DC

A Viação Campos Gerais (VCG) comunicou aos funcionários que não fará o pagamento da segunda parcela do 13° salário nesta sexta-feira (18). Em contato com a reportagem, o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte de Passageiros (Sintropas-PG) revelou que agirá inicialmente com cautela antes de tomar uma decisão.

A intenção do Sindicato é esperar até 20 de dezembro (domingo) – data limite para pagamento da segunda parcela. “A lei diz dia 20. Temos que aguardar”, comenta o presidente Luiz Carlos de Oliveira.

Se o período for extrapolado, o Sintropas-PG deve convocar uma assembleia com os trabalhadores para segunda ou terça-feira.

A preocupação também é com a sequência dos pagamentos a partir de janeiro. Segundo Oliveira, o comunicado da empresa aos funcionários não traz essa segurança. “Não garante uma honra dos compromissos vindouros”, declara. “É uma perda para a cidade. O dinheiro que entraria para o comércio neste final de ano, por exemplo, não entrará na economia”, acrescenta.

“Paralisação iminente”

Há uma semana, o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que destinava R$ 4 bilhões a empresas de transporte coletivo.

Naquele dia, o Sintropas-PG, com exclusividade ao DC, já havia sinalizado para futura paralisação. “Recebemos com preocupação imensa a notícia, pois não sabemos até quando a empresa vai pagar em dia. Sem salário, o trabalhador cruza os braços. O risco de uma paralisação é iminente”, expôs Oliveira no dia 11 de dezembro.

Sete dias depois, após receber o comunicado do não pagamento da segunda parcela do 13° salário, o presidente do Sindicato voltou a citar o veto ao projeto de lei.

“É reflexo da decisão do presidente Jair Bolsonaro. O subsídio seria para as empresas, mas afeta diretamente os trabalhadores”, reforçou.

Atualmente, os trabalhadores da Viação Campos Gerais estão recebendo o salário parcelado em duas vezes no mês. Metade no quinto dia e a outra metade no vigésimo. O acordo duraria até a chegada do aporte que viria do Governo Federal e que está vetado em Brasília.

Por Felipe Liedmann

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