em

Sindicato dá ultimato à VCG antes de convocar greve

Assembleia irá discutir possibilidade de paralisação e sindicato espera por nova proposta até às 18 de quinta-feira para evitar greve

Divulgação
Transporte público em Ponta Grossa vive empasse em negociação salarial desde fevereiro deste ano

 

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros de Ponta Grossa (Sintropas) convocou uma assembleia para a próxima quinta-feira (17) e deu um ultimato à Viação Campos Gerais (VCG) na negociação salarial. Os representantes do transporte público afirmam que se a empresa não apresentar uma nova proposta de reajuste salarial até as 18 horas de quinta, levará à assembleia uma greve no setor a partir de segunda-feira (21).

“Mantivemos conversas com a empresa, mas até agora não teve nenhuma resposta. Então, essa semana é decisiva, se (a VCG) não apresentar uma nova proposta, a greve pode começar na segunda-feira”, afirmou Sirton Barbosa, presidente do Sintropas. “É claro que ninguém quer uma greve, é prejudicial para todo mundo, mas a gente também quer que esta situação se resolva, e infelizmente a empresa apresentou uma proposta muito abaixo do que esperávamos”, complementou Barbosa.

A VCG ofereceu proposta de reajuste salarial de 8%, adequando ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e aumento de 8% na ‘cesta’ (item equivalente ao vale-alimentação), enquanto que os trabalhadores pedem além dos 8% do INPC, mais 5% de aumento real nos salários, mais o dobro do vale-alimentação, atualmente em R$ 230.

A legislação prevê que em caso de paralisação, deverá haver um comunicado de greve 72 horas antes, e a parada deve ser decidida por assembleia. A empresa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que evita comentar o posicionamento do sindicato, e que espera ‘o melhor desfecho’ para a negociação.

Histórico

A última vez que houve uma paralisação no transporte público em Ponta Grossa foi em 2014, na ocasião, os trabalhadores cruzaram os braços por 17 dias e a negociação só teve fim após intervenção do Tribunal Regional do Trabalho. A Câmara de Vereadores, na ocasião, também interferiu, cedendo um subsídio de R$ 2,4 milhões para que a VCG pudesse garantir o pagamento do acordo com os trabalhadores.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.