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Servidores da UPA Santana reclamam da falta de segurança

Foto: José Aldinan/Arquivo DC

Pedra arremessada contra a janela, ameaças verbais e até tentativa de estupro. São episódios que estão na convivência de trabalhadores da UPA Santana, que fica em região central de Ponta Grossa. Desde março os servidores estão solicitando às autoridades municipais melhorias nas condições de segurança. Nesta semana, o presidente do Sindicato dos Servidores (Sindserv), Roberto Ferensovicz, usou a Câmara Municipal para abordar o tema.

Ferensovicz citou casos recentes que atormentam os trabalhadores. No último final de semana, uma pedra foi arremessada por um cidadão contra o vidro de uma das janelas do prédio. Os cacos quase acertaram um servidor. O mais chocante, no entanto, foi a tentativa de estupro dentro da UPA.

Segundo o boletim de ocorrência, um cidadão com problemas psiquiátricos estava sem as vestimentas e exibia o órgão genital. Ele teria invadido a sala de Raio-X e fechado a porta. Lá estava uma servidora que conseguiu se esquivar da investida e sair da sala. Policiais militares estiveram presentes depois do episódio. Em documento oficial informam que o autor foi segurado pelos braços para que fosse medicado após o ataque.

A maior parte dos registros têm como autoria os próprios pacientes. Estes, insatisfeitos com o tempo de atendimento, descontam a ira contra os trabalhadores da Unidade de Pronto Atendimento.

Diante dos relatos, o Sindicato dos Servidores tomou frente nas tratativas e enviou documento a vereadores, à prefeita Elizabeth Schmidt, ao presidente da Fundação de Saúde, Rodrigo Manjabosco, e à secretária de Segurança, Tânia Sviercoski. O pedido é para que se crie posto fixo da Guarda Municipal com funcionamento 24h por dia.

“A maior parte dos serviços na UPA é prestado por mulheres. Além da solicitação formal, pedimos reunião com a Dra. Tânia [Sviercoski] para expor detalhadamente este problema que consideramos muito grave”, diz Roberto Ferensovicz.

Farmácia Central

A falta de segurança não está restrita à UPA Santana. Servidores da Farmácia Central, localizada na Rua XV de Novembro, também enviaram reclamações no mesmo sentido.

“São xingamentos quase diários, ameças, inclusive de morte, pessoas que surtam e ameaçam quebrar tudo. Enfim, está muito difícil o trabalho. Lá também há somente mulheres, a maioria estagiárias. Já fizeram protocolos pedindo providências, mas nada de efetivo foi feito”, expõe o presidente do Sindserv.

Providências

A reportagem solicitou nota à administração pública, que retornou em nome da Fundação de Saúde. “Temos orientado os servidores para, diante de ocorrências, acionarem os órgãos de segurança. Também são estudadas medidas de vigilância no local, por meio de monitoramento eletrônico,  como forma de proporcionar maior segurança aos frequentadores, além de tratativas com a Secretaria de Segurança do Município para, dentro das possibilidades de contingente desta, disponibilizar profissionais para atuarem no local”, informa.

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