Você sabe quais são as empresas de Ponta Grossa que mais geraram riquezas no primeiro ano da pandemia? Dados repassados pela Secretaria Municipal da Fazenda à reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais apontam a listagem das maiores empresas de PG, classificadas pela geração de valor adicionado, por setor; ou seja, as empresas que mais obtiveram lucro bruto em 2020.
Enquanto que as dez maiores indústrias representavam quase 76% de todo o setor em 2019, em 2020 elas foram responsáveis por 73,56%. No comércio a contribuição das “10+” teve um leve aumento, de 19% em 2019 para 20,75% no ano passado, enquanto que no setor de serviços houve uma maior concentração de riquezas entre as 10 que figuram no topo da lista: de 17,5% de participação no lucro bruto de todas as prestadoras de serviços em 2019, as dez maiores de 2020 passaram a representar 24,18% do total.
Veja, a seguir, a listagem das 10 maiores empresas de Ponta Grossa nos setores de indústria, comércio e serviços e, abaixo, entenda como é formado este ranking.
O que é valor adicionado?
O ranking das maiores empresas de PG considera o valor adicionado de cada uma. Conforme explica o secretário da Fazenda de Ponta Grossa, Cláudio Grokoviski, o valor adicionado é um mensurador de riquezas geradas porque compõe o próprio PIB. “É a diferença do que a empresa comprou/utilizou na sua produção em relação à venda do seu produto. Ou seja, o lucro bruto desconsiderando os custos diretos e indiretos, como pessoal e transportes, por exemplo”, explica.
“O valor adicionado é considerado o PIB das empresas geradoras de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]. Somando estas às que não são tributadas por este imposto temos o PIB de um local”, destaca ele, lembrando que entre as empresas que ficam de fora dessa classificação estão construtoras, bancos, hospitais, correios, entre outras.
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Resultado de Ponta Grossa
De acordo com o levantamento provisório da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa), em 2020, ano marcado pelo início da pandemia no Brasil, Ponta Grossa manteve seus status obtido em 2019 de quinta maior economia do Paraná; em 2018 a cidade ocupava a 7ª posição estadual.
Dados do valor adicionado mostram que a cidade produziu R$ 10,7 bilhões em riquezas, 11,1% a mais nominalmente (sem o desconto da inflação) do que no ano anterior – quando a pandemia nem era imaginada. No mesmo período, a inflação (IPCA) foi de 4,52% e o PIB brasileiro foi de -4,1%
Todos os setores econômicos ponta-grossenses bateram os seus próprios recordes de valor adicionado em 2020. Dentre eles, a atividade que mais aumentou de um ano a outro foi a agropecuária. Impulsionada pela alta do dólar e das commodities e pelo aumento da safra, a atividade produziu 38,8% a mais de riquezas em Ponta Grossa. Apesar disso, segue como o menor setor da cidade, responsável por 6,2% do VA local.
O segundo maior crescimento foi do setor de serviços: com +13,34% nominais, a categoria somou 10,1% do total. A indústria, maior setor econômico da cidade, cresceu 12,77% e totaliza 60,7% das riquezas ponta-grossenses.Já o comércio foi o único que apresentou um crescimento menor que a inflação: foram +0,97%, segundo maior valor (23% do total).
Com isso, a cidade subiu uma posição no ranking das indústrias, ultrapassando Foz do Iguaçu e ficando em 4º lugar e voltou à 8ª posição do comércio (passou Paranaguá em 2019, mas agora a cidade portuária voltou à sua colocação).
Nos serviços, passou Araucária e Maringá, mas com Foz do Iguaçu ficando à sua frente Ponta Grossa subiu uma posição e agora está em 6º lugar. Já na agropecuária, subiu de 20ª em 2019 para 18ª em 2020.
