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Professora aposentada e enfermeira celebram o dom de ser mãe

Margarida Mainardes tem 84 anos e é professora aposentada, com 40 anos de dedicação ao magistério. Daniele Brasil, 35 anos, há 11 é enfermeira no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais.

O que elas têm em comum?

Além de serem mulheres ponta-grossenses, as duas são mães. Margarida criou sete filhos, é avó de 12 netos e netas e bisavó de seis crianças. Já Daniele é mãe de primeira viagem, está no sétimo mês de gravidez e aguarda ansiosamente pela chegada da primogênita, Heloise.

Para celebrar o Dia das Mães, comemorado neste domingo, ouvimos suas histórias, duas mulheres de gerações bem diferentes, mas que podem simbolizar um sentimento comum, de amor incondicional, e de dedicação, que não tem fim e começa muito antes do parto.

Viúva há 39 anos, Margarida conta que, com a morte precoce do marido, precisou cuidar sozinha dos sete filhos. Na época, ela trabalhava em três colégios de Ponta Grossa, em períodos diferentes. “Trabalhei no magistério por 40 anos e deixava as crianças com o pai deles, que foi um homem maravilhoso, e que infelizmente faleceu muito cedo. Na época eu trabalhava em colégios estaduais como coordenadora pedagógica e também dava aulas”, recorda.

Margarida precisava continuar sua missão, mesmo diante da situação inesperada. Buscou forças, se fortaleceu e conseguiu. “Eu precisava trabalhar e, ao mesmo tempo, queria cuidar dos meus filhos. Eu também gostava muito de estar nas escolas, perto das crianças, que eram meus outros filhos. Era difícil demais, mas eu dei conta e consegui dar estudo para todos eles”, comemora.

Dos filhos, vieram 12 netos e seis bisnetos. Sem distinção, Margarida diz que sente um amor verdadeiro por todos eles. Só lamenta que, com a pandemia, o cenário da casa da avó mudou. “Antes era cheia de gente, agora está vazia. Eu era tão acostumada com todos aqui. Agora, há mais de um ano, não conseguimos reunir todos. Mesmo assim, eu vejo os meus netos e bisnetos com frequência, nem que seja de longe”.

Primeira viagem’

A gravidez pegou a enfermeira Daniele de surpresa. Diz que sempre quis ser mãe, mas entendia que, devido à pandemia, não era o momento. Hoje, a chegada da pequena Heloise é considerada uma benção.

“Quando descobri que estava grávida fiquei bastante assustada pelos riscos. Mas hoje vemos o quanto a gravidez foi uma benção na minha vida e na do meu marido, João Thiago dos Santos. A gravidez trouxe muitas mudanças, o casamento, a compra da nossa casa e agora a organização do quarto dela”, comemora.

Daniele recorda que, por diversas vezes, acompanhou o nascimento de bebês na Maternidade do Hospital Universitário e viu muitas colegas de profissão grávidas também.

“Agora eu me considero muito privilegiada em colocar uma criança no mundo. Estou me cuidando muito, afastada do meu trabalho por atuar na linha de frente e longe da minha família. Mas sempre enviamos fotos e vídeos da barriguinha mexendo”, conta, acrescentando: “Estou aproveitando cada momento”.

Como e quando surgiu o Dia das Mães

O Dia das Mães foi criado nos Estados Unidos como uma homenagem à vida de Ann Jarvis. O falecimento dela, em 9 de maio de 1905, afetou bastante a sua filha, Anna Jarvis, que decidiu criar uma data comemorativa para homenagear a mãe. Em maio de 1908 foi criado um memorial a Ann. Teria sido, então, o primeiro Dia das Mães. A data se popularizou e chegou ao Brasil. Segundo os historiadores, a primeira celebração do tipo por aqui ocorreu em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre (RS). Oficialmente, o Dia das Mães foi instituído pelo Decreto 21.366, do presidente Getúlio Vargas, em 5 de maio de 1932.

Fonte: Brasil Escola

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