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Prisão, denúncia e projeto agitam bastidores da Câmara de Vereadores

As sessões ordinárias da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa só iniciam no dia 17 de fevereiro, mas as polêmicas envolvendo alguns dos 19 parlamentares da legislatura de 2021 a 2024 começaram antes mesmo deles tomarem posse e a tribuna ser aberta aos discursos. Parte dos imbróglios envolve polícia, Ministério Público e Judiciário.

O último dos quatro episódios que ganharam destaque no noticiário trata de supostos assédios sexuais de um vereador a dois assessores e da famosa ‘rachadinha’, um crime de peculado materializado quando fica provado que o colaborador devolve ao parlamentar parte dos seus vencimentos.

Essa suspeita está devidamente registrada em Boletim de Ocorrência na 13ª SDP e envolve o vereador Felipe Passos (PSDB), seu chefe de Gabinete e um outro assessor. O vereador imediatamente contrapôs as ditas suspeitas alegando que está sendo ameaçado e sofrendo extorsão por parte de pessoas de má índole.

Mas antes desse tema ser exposto à opinião pública por meio de uma publicação no site RicMais, a eleição da Mesa Diretora da Câmara já havia sido judicializada. Uma liminar, proposta por três vereadores da oposição, chegou a suspender temporariamente as candidatura às reeleições dos vereadores Daniel Milla (PSB) e Dr. Zeca (PSL), que reverteram a decisão no Tribunal de Justiça e foram reeleitos presidente e terceiro-secretário.

Nesta semana, Milla também teve participação em outro embate político, ao se opor à iniciativa de um dos seus pares, mais especificamente a Julio Kuller (MDB), um dos vereadores que tentou impedir judicialmente sua candidatura do presidente da Câmara. Começou com Kuller anunciando que iria protocolar um projeto de lei para acabar com o recesso legislativo do começo do ano.

Justificou que o ano parlamentar inicia somente em fevereiro e que os vereadores poderiam trabalhar desde o 1° dia útil do ano. Milla disse que isso não seria viável e que e implicaria em aumento de custo com servidores do Legislativo. Esse embate entre os dois, aparentemente, está apenas nos primeiros hounds.

Além desses três episódios, há um outro relativo à legislatura anterior, mas que respinga na atual. No dia 15 de dezembro o Gaeco deflagrou a ‘Operação Saturno’ para apurar suspeitas de corrupção supostamente praticados por empresários, servidores públicos e dois vereadores de Ponta Grossa, entre os quais o relator da CPI do Estar Digital, Walter José de Souza (PRTB), o popular Valtão.

No dia 1º de janeiro, dia da posse, Valtão estava preso e não participou da solenidade. Progrediu de regime depois e passou a cumprir prisão domiciliar preventiva, que expira no próximo dia 15. Ele foi denunciado e tornou-se réu. Além disso, já foi criada uma Comissão Processante para analisar o pedido de cassação do seu mandato.

Confira os detalhes de cada um dos quatro casos que movimentaram os bastidores e repercutiram nos meios de comunicação e nas redes sociais, sinalizando que a atual legislatura tende a ser uma rica fonte de notícias, mesmo tendo, a rigor, até agora realizado apenas uma sessão, para a eleição e posse da sua Direção.

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por Melissa Eichelbaun

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