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Primeira cadeira do PSOL em Câmaras no Paraná está em PG

Vaga foi conquistada em candidatura coeltiva, cujo mandato será exercido por Josiane Kieras e três covereadores

Integrantes do mandato coletivo do PSOL de Ponta Grossa em gramado
Projeto de Lei é do mantado Coletivo do PSOL (Foto: Nicolas Salazar)

A eleição municipal de 2020 trouxe novidades para a Câmara de Vereadores de Ponta Grossa na próxima legislatura. Entre elas está o fato de que a primeira cadeira conquistada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) no Paraná está na Câmara de Ponta Grossa, vaga de Josi Mais Coletivo, com 1.294 votos obtidos nas urnas no domingo (15).

E, de quebra, será de um mandato coletivo: a professora Josiane Kieras ocupará formalmente a cadeira de vereadora, sendo a porta-voz do grupo, que terá como covereadores o engenheiro agrônomo, Guilherme Mazer; o advogado João Luiz Stefaniak e a professora Ana Paula Mello. Os quatro dividirão as tarefas atribuídas do mandato, assim como o subsídio de vereador, atualmente fixado em R$ 10.063,39 mensais.

Legalmente, a legislação não permite que um grupo de pessoas se candidate para um cargo político. Mas, as candidaturas coletivas são um acordo informal entre pessoas de um mesmo partido nas campanhas eleitorais para conseguir votos coletivamente. Assim, no caso de eleição, todo o grupo terá participação, mesmo que não oficial, nas discussões e debates que acontecem na Câmara de Vereadores.

Histórica

Para Stefaniak, que é presidente do diretório municipal do PSOL em Ponta Grossa, a conquista de uma vaga no legislativo municipal é uma conquista histórica do partido em nível estadual.

“Do ponto de vista de Ponta Grossa, a gente entende que a eleição da primeira candidatura, sendo ainda em mandato coletivo, tem um significado muito importante porque o PSOL começa a quebrar a política tradicional tradicional, marcada pelo carreirismo e individualismo da candidatura. O fato de ter a primeira candidatura coletiva eleita é um marco histórico contra a velha política”, aponta.

“Ao observar o resultado nas grandes cidades e capitais, seja as que já elegeram seus prefeitos ou as que definirão seus eleitos em segundo turno, é possível perceber que as candidaturas de direita e extrema direita, na maioria das cidades, saíram derrotadas. Isso torna bem claro que a onda conservadora que levou [Jair] Bolsonaro à presidência está recuando”.

Stefaniak também ressalta o fato de que duas mulheres – Mabel Canto (PSC) e Professora Elizabeth (PSD) estão na disputa pelo Executivo. “É algo histórico: teremos a a primeira mulher na prefeitura.

Outro marco importante é que o candidato ligado ao bolsonarismo foi derrotado já no primeiro turno. Não podemos considerar como uma coisa em definitivo, mas é uma clara evidência do esgotamento do ultraliberal e do conservador”.

A conquista da vaga do PSOL à Câmara de PG e o desempenho do candidato do partido à prefeitura, Professor Gadini, em chapa pura, com 5.029 votos (3,04%), terminando em quarto lugar, à frente do candidato do PT, Professor Edson, que terminou com 1,79% dos votos, mostra, na análise de Stefaniak, que o PSOL vai se firmando como a principal expressão da esquerda em Ponta Grossa. “Precisamos trabalhar muito, mas ficou claro que o PSOL em Ponta Grossa se tornou referência partidária de esquerda cidade”.

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