O Consórcio Intermunicipal Samu Campos Gerais (CimSamu) oficializou a contratação da OZZ Saúde para administração e operacionalização de serviços de atendimento móvel de urgência na região. A decisão foi publicada em Diário Oficial nesta semana. A nova empresa assume o serviço a partir da meia-noite do dia 25 de dezembro. O contrato é válido por seis meses e está na ordem de R$ 14,9 milhões.
Um dos desafios da empresa que assume o Consórcio é o atendimento pré-hospitalar em rodovias que fazem parte do Anel de Integração do Paraná. Na região de abrangência do Cimsamu, a concessionária Caminhos do Paraná fez acordo com o Governo do Estado para manutenção do atendimento. Por sua vez, a CCR Rodonorte encerrou as atividades, ficando os serviços por conta das administrações locais.
Há dez dias, a direção do CimSamu revogou pregão eletrônico com a inclusão de seis Unidades de Suporte Básico (USB) e duas Unidades de Suporte Avançado (USA) para a região. De acordo com a diretora geral do Consórcio, Sheila Tramontim Mainardes, a revogação foi motivada por mudanças no processo.
“Foi necessário incluir no processo a implantação de mais viaturas”, explica a diretora. Segundo ela, o CimSamu colocou três ambulâncias à disposição para atendimentos em rodovias da região e pretende colocar outras cinco para suporte ao Corpo de Bombeiros, que também executa os atendimentos desde o encerramento dos contratos de concessão.
Ao assumir os serviços, a nova empresa fica responsável também por executar as ações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de forma regionalizada, compreendendo três regionais de Saúde: 3ª, 4ª e 21ª – regiões de Ponta Grossa, Telêmaco Borba e Irati, respectivamente.
O CimSamu está à disposição de aproximadamente 1 milhão de pessoas destas áreas. A empresa contratada é obrigada a garantir o funcionamento dos serviços 24 horas por dia sem interrupções e vai operacionalizar todas as ambulâncias.
O contrato firmado está no valor de R$ 14.994.920,22. O pagamento mensal está na ordem de R$ 2.499.153,37.
Empresa e SAMU Regional já tiveram ‘queda de braço’
No ano passado, médicos do SAMU Regional alegavam não ter recebido pagamentos referentes ao mês de julho. O CimSamu alegava que a responsabilidade era da empresa, enquanto a OZZ Saúde dizia que o Consórcio não havia pagado mais de R$ 1 milhão do contrato de seis meses. À época o acordo entre as duas partes foi realizado de forma emergencial e durou de fevereiro a agosto. Quase um ano e meio depois, a OZZ retorna à operacionalização dos serviços.