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Ponta Grossa tem quatro casas de acolhimento à criança

Ponta Grossa conta com quatro casas de acolhimento. São elas: Associação de Promoção à Menina (Apam), Instituto João XXIII, Francisclara – Resgate da criança e da família e o Núcleo Promocional Pequeno Anjo. No período de pandemia, juíza de Ponta Grossa afirma que o número de adoções cresceu

As instituições de acolhimento resgatam as crianças de qualquer situação de risco social e asseguram seus direitos, como acesso à escola, à saúde e ao lazer. “A partir do momento que a criança é acolhida, ela passa por médico, dentista, é matriculada na escola e, mesmo no período da pandemia, que não tem aula presencial, elas estão acompanhando pela TV e buscamos as atividades nas escolas”, garante a coordenadora da Instituição Pequeno Anjo, Denise Leifeld.

Ela explica que o acolhimento acontece por tempo indeterminado, dependendo do processo de cada criança. A instituição conta, além da coordenadora com formação em pedagogia, com assistente social, psicólogas, secretárias, serviços gerais e educadoras sociais. No entanto, quem cuida diretamente das crianças são as chamadas ‘mães-sociais’. “Cada casa conta com uma mãe-social que ali reside. Saem apenas uma vez na semana da instituição para uma folga de 24h”, esclarece.

No período de pandemia, a instituição teve sete adoções e tiveram que aderir algumas mudanças e restrições. As visitações que, antes, eram bem vindas e agendadas para passar o dia com as crianças, brincar e lanchar foram, por determinação judicial, cortadas. Permanecem no abrigo apenas os funcionários essenciais e as crianças.

“Em períodos normais, elaboramos projetos estudantis e pedagógicos, tudo que possa contribuir para a adequação e desenvolvimento de cada criança. Recebemos visitas, levamos para passear, tomar sorvete e em eventos”, afirma a coordenadora.

As crianças do Pequeno Anjo foram encaminhadas pela Vara da Infância e Juventude de Ponta Grossa e pelo Conselho Tutelar. Hoje, a casa abriga 15 crianças, número que pode alterar diariamente por conta da rotatividade do abrigo. O primeiro trabalho visa à reintegração da criança com a família biológica”. No entanto, no período de pandemia a adaptação se torna mais difícil.

“Em última instância, quando não conseguimos reintegrar a criança na própria família, ela entra em um processo de destituição do poder familiar para, na sequência, ser encaminhado à adoção às famílias interessadas”, exemplifica Denise.

Outra instituição é a Associação de Promoção à Menina (Apam), que possui a capacidade para abrigar até dez meninas e, atualmente, está com três, duas de 11 anos e uma de 13. Conforme a psicóloga do local, Hellynn Voss, desde o início da pandemia não ocorreu nenhuma adoção nesta casa lar. “Mas uma está no processo de aproximação com a família substituta por meio de chamadas de vídeo”, conta.

A menina que está no processo de aproximação da nova família faz dois meses que está na casa lar. As outras duas são irmãs, uma está no local faz um ano e quatro meses e a outra há três anos e dez meses. Elas estão em processo de reaproximação com a família de origem. “Também pelo telefone”, observa a psicóloga. No momento, a Apam está com as visitações familiares e voluntárias suspensas por causa do coronavírus.

Reportagem produzida pelas estudantes do último ano de Jornalismo Bruna Kosmenko, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e Naiâne Jagnow, da Unisecal, estagiárias regulamentadas do Diário dos Campos sob supervisão do editor-chefe Walter Téle Menechino.

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