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Ponta Grossa é a cidade do Sul do Brasil que registrou maior aumento da receita em 2019

No que se refere ao pagamento de dívidas, Ponta Grossa aparece em terceiro lugar entre as maiores cidades brasileiras

Foto: Arquivo DC

Entre os 17 grandes municípios da região Sul analisados pelo anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Ponta Grossa é o município – incluindo as capitais – que registrou o maior aumento da receita total, passando de R$ 772 milhões em 2018 para R$ 867,4 milhões em 2019, um aumento de 16,9%. Em segundo lugar entre as maiores cidades da região Sul está Joinville (SC), que registrou crescimento de 15,2% em suas receitas totais no mesmo período.

O secretário da Fazenda de Ponta Grossa, Cláudio Grokoviski, explica que as receitas totais são aquelas que levam em conta inclusive as receitas de capital – que incluem operações de crédito e convênios.

Para ele, este aumento é resultado de uma série de medidas adotadas pela administração e que influenciaram na arrecadação de diversas receitas, como a implantação do programa Justiça Fiscal, em 2017, e que consiste em um conjunto de ações que tem como foco a busca por formas mais eficientes para cobrar valores já devidos ao poder público, sem necessariamente aumentar os impostos.

“Neste sentido, conseguimos aumentar a arrecadação de ISS [Imposto sobre Serviços] e atualizamos a lei do ITBI [ Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis]. A receita de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] também cresceu significativamente, fruto do importante processo de industrialização que Ponta Grossa vive”, avalia. O resultado do aumento da receita total é que a receita per capita do município também aumentou.

Entre as receitas, um dos grandes destaques é o ICMS. Ponta Grossa é a cidade da região Sul que mais registrou incremento no imposto, passando de R$ 148 milhões em 2018 para R$ 187,5 milhões arrecadados em 2019, um aumento de 26,7%. Na segunda colocação entre as cidades do Sul está Londrina, que registrou aumento de 20,5%.

Dívida

No que se refere ao pagamento de dívida, Ponta Grossa aparece em terceiro lugar no Brasil entre os municípios com maior participação dos juros e amortização da dívida na receita corrente refente a 2019. No ano passado, Ponta Grossa destinou 9,6% da sua receita corrente, o que equivale a quase R$ 80 milhões, para o pagamento de dívidas. Em primeiro lugar no ranking está Nova Hamburgo (RS), que destinou 12% do seu orçamento, seguido por Nilópolis (RJ), que destinou 10,9% do orçamento no pagamento de dívidas. No ranking, Ponta Grossa aparece à frente de municípios como Rio de Janeiro e Florianópolis (SC).

“Isso mostra a responsabilidade da gestão no pagamento das dívidas. Só estamos positivados frente INSS, Caixa, e precatórios, porque estamos com o pagamento em dia. Isso garante certidões que permitem ao Município receber novos investimentos, seja por meio de emendas parlamentares ou operações de crédito”, explica Grokoviski. De acordo com ele, a maior parte do pagamento foi para precatórios e INSS, dívidas acumuladas ao longo das gestões municipais.

Desafio

Na avaliação do secretário, o crescimento registrado em diversas receitas em 2019 é positivo. No entanto, ele ressalta que é preciso melhorar cada vez mais no que diz respeito às receitas próprias. “Não podemos ter dependência total de recursos repassados pelo Estado e União. Nos últimos quatro anos conseguimos um equilíbrio entre receitas próprias e repasses, mas precisamos avançar”, aponta.

Segundo Grokoviski, em primeiro lugar na geração de receita aparece o ICMS, seguido pelo ISS, FPM (Fundo de Participação dos Municípios), IPTU, IPVA e ITBI. Destes, ISS, IPTU e ITBI constituem receitas próprias.

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