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“Política é passional, as pessoas se apaixonam ou se odeiam”

Foto: José Aldinan

Em entrevista ao portal dcmais e ao jornal Diário dos Campos, a candidata eleita para o 2° turno das eleições municipais em Ponta Grossa, Professora Elizabeth (PSD), comentou os arranjos políticos para a sequência das eleições e propostas para Ponta Grossa.

Na situação, Professora Elizabeth terminou o primeiro turno na segunda colocação, atrás de Mabel Canto (PSC). Com 51.565 votos, ela obteve 31,15% do eleitorado válido na disputa.

A candidata esperava chegar em segundo lugar no segundo turno?

“Eu esperava que estaria no segundo turno e a ideia inicial era de que fosse em primeiro lugar, mas as contingências que aconteceram nos dias que antecederam a eleição nos levaram ao segundo lugar. Mas o que interessa mesmo é estar no 2° turno, competindo igual, com o mesmo tempo de TV, com as mesmas possibilidades de conversar com as pessoas. Duas mulheres que estão fazendo história. Aqui em Ponta Grossa tivemos no Legislativo poucas vereadoras e no Executivo a primeira que fez história fui eu como vice-prefeita. O resultado das urnas nos mostraram que a população está vendo que as mulheres podem administrar sua casa e também a sua cidade”.

A candidata procurou algum dos candidatos do primeiro turno para buscar apoio para o segundo turno?

“Nós estamos conversando e agradecemos muito a possibilidade de estarmos concorrendo. Por exemplo, três professores concorrendo juntos no 1° turno. Eu parabenizei todos os candidatos. Só não consegui falar com um candidato, porque estava viajando. Precisamos ser resilientes, fortes e guerreiros”.

Caso o PT declare apoio à candidata, qual seria a sua forma de agir?

“Apoio a gente não escolhe, a gente recebe. Então quem quiser me apoiar eu estou de braços abertos. E que venham, porque eu preciso ganhar essa eleição”.

Na sua opinião, os votos de quais candidatos do primeiro turno migrarão para a candidata?

“Todos os possíveis, que migrem, e que venham todos, para que possamos ter êxito. Eu acredito que os votos do Márcio Pauliki são importantes. Sempre tive ligação com todas as pessoas. Já fui secretária de Cultura, Turismo, Administração, convivi com muitos Conselhos Municipais, e o respeito que tivemos entre nós foi o melhor possível“.

Circula nas redes sociais uma imagem fazendo a comparação do seu currículo com o da outra candidata. Como educadora, a senhora acha justo fazer essa comparação considerando que as duas têm uma diferença de idade de mais de três décadas?

“Eu penso que a política é passional, as pessoas se apaixonam ou odeiam os candidatos. Eu não sei quem fez isso. Sou uma educadora que jamais faria isso. Tem vários slides de todos os tipos por aí me imitando. Eu jamais vou culpar os meus adversários por isso. Cada um tem a maneira de pensar. Realmente eu poderia ser a mãe dela e tenho muito mais experiência que ela”.

Ponta Grossa ganhou destaque nacional por ser a única cidade brasileira com duas mulheres no segundo turno. Caso eleita, qual deve ser a participação das mulheres na sua equipe de gestores?

“Eu acredito que teremos muitas mulheres junto conosco. Eu confesso que ainda não pensei no meu secretariado. O que eu tenho certeza é que todos os secretários e secretárias dessa gestão vão nos ajudar até o dia 31 de dezembro. E eu, juntamente com o capitão Saulo, teremos liberdade para escolher quem será o nosso secretariado. Primeiro quero vencer a eleição. A primeira etapa foi vencida e estamos no 2° turno. Depois disso nós vamos pensar. Eu quero fazer com que seja uma Prefeitura da Mulher e também vou criar uma Secretaria da Família e do Desenvolvimento Social que é para abordar e abranger todas as pessoas”.

A candidata já está conversando com professores para definir a Secretaria de Educação. Isso já está ocorrendo mesmo?

“Nós tivemos algumas reuniões com as professoras e elas me perguntaram como eu farei a escolha da secretária. Eu disse que vamos sentar e discutir isso porque a professora Esméria já disse que até 31 de dezembro ela está no processo, mas que ela tem projetos futuros para sua vida e não tem interesse em continuar”.

E o secretário Cláudio Grokoviski, que tem um dos nomes fortes e é um funcionário de carreira, ele permanece?

“O Cláudio é um fenômeno e eu acredito que se fosse o Professor Gadini (PSOL), Professor Edson (PT), Mário Pauliki (Solidariedade), Mabel (PSC) ou eu, qualquer um deveria escolher o Cláudio. Pronto, falei, mas ele ainda não sabe disso (risos)”.

A próxima prefeita de Ponta Grossa terá várias pendências da pandemia para resolver, à exemplo das cirurgias eletivas. Como tirar o atraso dos procedimentos que não puderam ser realizados?

“O Governo do Estado sabe que o ‘calcanhar de aquiles’ são as especialidades. A Secretaria Estadual de Saúde já instalou nove ambulatórios médicos e a nossa cidade será a décima. Nós queremos que seja implantado lá no Hospital Municipal Amadeu Puppi, onde serão feitas mutirões para essas cirurgias. A ideia é fazer 500 cirurgias oftalmológicas no mês e assim por diante. Teremos seis centros cirúrgicos dentro do hospital”.

Como a candidata avalia a situação da pandemia aqui em Ponta Grossa? Caso fosse prefeita hoje faria alguma coisa diferente?

“O mundo todo está sofrendo as consequências da pandemia. Aqui em Ponta Grossa, o prefeito com muita inteligência tomou medidas imediatas e hoje estamos vendo que foi muito bom porque, em comparação com outras cidades, estamos com números mais baixos. Ele fez o escalonamento do comércio para que não tivéssemos a economia prejudicada. Protegeu os idosos e as crianças, que eram os mais vulneráveis. A única que talvez eu não fizesse seria o Toque de Recolher, pois vejo que não tivemos resultados assombrosos”.

O contrato com a VCG, empresa que hoje tem a concessão do transporte, vence no dia 11 de junho de 2023. O que deve mudar na licitação da senhora caso venha ser eleita?

“Um prefeito não administra uma cidade sozinho e precisa ter uma equipe, que ainda será definida. Nós vamos precisar iniciar uma discussão com a comunidade e com o Conselho do Transporte porque é um conselho decisivo e técnico, que vai dar nortes para que possamos discutir em audiências públicas. Vamos conversar com as entidades e associações e essas audiências vão determinar o norte desse processo licitatório. Acredito que em janeiro de 2021 essas conversas precisam ser iniciadas. A definição desse projeto básico precisa estar definida até 2022”.

Durante a campanha, o governador Ratinho Junior anunciou 100% de pavimentação para Ponta Grossa. É uma promessa para a campanha ou para a cidade?

“Eu, enquanto candidata, fui solicitar essa ajuda e ele respondeu positivamente. Estou contando com o apoio do governador para todas as áreas e eu estive conversando com ele. Então creio que, se outros candidatos conversaram com ele, talvez recebam a mesma concessão que foi determinante para a nossa campanha”.

A Secretaria de Educação definiu para o dia 8 de fevereiro a data de retorno das aulas presenciais na rede municipal. De que forma será feito na prática?

“As nossas professoras já estão preparadas desde agosto para isso acontecer, porque nós gostaríamos que tivesse sido em agosto. Então está tudo preparado e planejado para que seja da melhor forma possível, cumprindo todos os protocolos. Entre os protocolos estão os distanciamentos, horários de aulas e de alimentação”.

Falando sobre Segurança Pública, além de criar quatro bases da Guarda Municipal, em Uvaranas, Oficinas, Santa Paula e Jardim Carvalho, a senhora também cita a compra de drones. Em quais casos eles seriam usados?

“Temos que usar tudo isso com muita inteligência. Depois de escolhermos o secretário de Segurança é que vamos definir em que momento esse Esquadrão Drone será utilizado. Nós vamos contar com esse apoio dos drones e é a Guarda que vai definir de que forma usar. Também estamos realizando a compra de nove viaturas e quatro motos, principalmente para o trabalho na zona rural”.

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