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Ponta Grossa recebe exposição do arquiteto Vilanova Artigas

Divulgação UEPG

O Museu Campos Gerais (MCG), em Ponta Grossa, inicia na quinta-feira (26) a exposição “João Vilanova Artigas: nos pormenores um universo”. A mostra, trazida pelo Museu Oscar Niemeyer (MON) às instalações administradas pela UEPG, tem Gustavo Paris como um dos curadores. Ele, que é arquiteto de exposições, esteve em Ponta Grossa nessa sexta-feira (20), no término de uma das etapas de montagem da exposição.

“Para mim, a obra de Artigas é tão importante quanto a de Niemeyer, mas muito menos divulgada e conhecida”, afirma Paris. A exposição incluiu maquetes e objetos no salão Saint-Hilaire do MCG. Um dos objetivos da exposição vinda do MON é trazer informações sobre um nome de referência do modernismo no país e que, inclusive, possui edificações em Ponta Grossa, apesar de pouco conhecidas.

A exposição ‘João Vilanova Artigas: nos pormenores um universo’ tem curadoria local da professora da UEPG e arquiteta Nisiane Madalozzo. O evento resulta do projeto de itinerância de mostras do MON pelo interior do estado. Trata-se da primeira parceria entre os dois museus para intercâmbio de exposições. A atividade marca a reabertura do calendário expositivo do MCG após oito meses de recesso em função da pandemia.

Abertura da exposição

A abertura ocorre de modo online na quinta-feira (26), às 19h, com transmissão aberta pelo Youtube da UEPG. Participam da cerimônia remota a diretora cultural do MON, Glaci Gottardello Ito, o diretor do MCG, professor Niltonci Chaves, e os curadores Gustavo Paris e Nisiane Madalozzo. “O Museu Campos Gerais sente-se honrado em receber uma exposição do MON que abre o processo de itinerância pelo interior do estado e que também dialoga com a história de nossa cidade e de seu patrimônio cultural”, assinala Chaves. “O modernismo na arquitetura é um elemento fundamental para se entender também o contexto histórico, cultural e político do estado do Paraná ou mesmo do país desde a metade do século passado”, completa.

Visitação presencial controlada e segura

A visitação do público, adaptada e controlada conforme protocolos de segurança, ocorre a partir de 1º de dezembro, mediante agendamento prévio. No primeiro mês, serão permitidos pequenos grupos de cinco pessoas de cada vez. Os detalhes de agendamento serão divulgados no site do MCG. Todas as visitas serão guiadas por monitores treinados pela Ação Educativa do museu e respeitam as normas sanitárias, de distanciamento e de higiene no combate à covid-19.

Visitação online

O público também terá acesso remoto às exposições, através de visitação em 360º no site do MCG, além de outros materiais de divulgação que passam a circular, a partir de depoimentos de pesquisadores e especialistas na área do patrimônio histórico e cultural. Um diário da exposição vem sendo publicado no site do museu e registra momentos de montagem da mostra.

Vilanova Artigas

Nascido em Curitiba, em junho de 1915, João Batista Vilanova Artigas mudou-se para São Paulo e se formou arquiteto pela Escola Politécnica da USP, em 1937. Foi fundador e autor do projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP – construção característica do período brutalista. Mais tarde, em 1962, liderou movimento para a reforma de ensino que influenciou outras faculdades de arquitetura no Brasil. Foi bolsista da John Simon Guggenheim Foundation em 1947. Militante dos movimentos populares no Brasil, foi perseguido pela ditadura militar, tendo sido expulso da universidade em 1969, junto com outros professores brasileiros. Sua obra foi duas vezes premiada internacionalmente pela União Internacional de Arquitetos – UIA (Prêmio Jean Tschumi, em 1972, e Prêmio Auguste Perret, em 1985 – este póstumo).

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