O fim do prazo das convenções partidárias, na quarta-feira (17), revelou que pelos 25 partidos que declararam apoio a um dos cinco candidatos que concorrem à prefeitura de Ponta Grossa, foram oficializadas 476 candidaturas ao Legislativo. Entre os partidos, conforme consulta realizada junto ao site divulgacandcontas.tse.jus.br – do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (17), apenas o Partido Verde já registrou 29 candidaturas – chapa completa – junto ao TSE; o prazo para que os demais partidos façam o registro vai até 26 de setembro.
Os 476 candidatos a vereador contabilizados com o término das convenções já alcança número bem próximo das 521 candidaturas que foram registradas nas eleições municipais de 2016. Mas, até o fim do prazo de registro das candidaturas este número pode mudar, seja para mais ou para menos, levando em conta que outros partidos além dos que resolveram coligar para a disputa majoritária podem lançar candidatos. Além disso, mesmo os candidatos já oficializados nas convenções podem desistir de concorrer e outros ainda podem ter o registro da candidatura indeferido pela justiça eleitoral. Ao todo, são 33 partidos políticos registrados no TSE.
Cenário
Algumas mudanças nas regras marcam as eleições municipais deste ano. Uma das principais mudanças está definida pela Emenda Constitucional 97/2017, que estabeleceu o fim das alianças entre partidos – as chamadas coligações – nas eleições proporcionais a partir do pleito municipal deste ano. A formação de coligação será permitida apenas na eleição majoritária – para prefeito, no caso das eleições deste ano.
Com isso, devem ser observados dois principais reflexos: com o fim das coligações deve aumentar, de forma geral, o número de candidatos que disputarão uma vaga no Legislativo municipal. Em Ponta Grossa, onde a Câmara de Vereadores aprovou a redução de 23 para 19 vereadores na próxima legislatura, cada partido poderá lançar até 150% do número de vagas na Câmara Municipal, o que representa 29 candidatos por partido.
Outro importante reflexo da mudança é que deve aumentar o número de mulheres na disputa a uma das cadeiras do Legislativo. Isso porque, se antes o cumprimento da cota de gênero de 30% para as candidaturas se aplicava à coligação como um todo, agora ela se aplica a cada partido, individualmente.