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Pessoas entre 20 e 39 anos representam quase metade dos contaminados pela covid em PG

Ao ler a reportagem ‘Aumenta mortes por covid de pessoas mais jovens’, o leitor Altamir Rodrigues questionou: ‘existe uma estatística por faixa etária do número de contaminados?’. A equipe entrou em contato com a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e solicitou os dados. Os números apresentados comprovam que, apesar dos óbitos ainda serem mais constantes entre os idosos, a população mais jovem é responsável por quase metade dos infectados em Ponta Grossa.

A faixa etária dos 20 aos 39 anos de idade tem quase 9 mil dos mais de 19 mil positivados da cidade. Na proporção exata, eles representam 46,33% do total. Até o boletim de segunda-feira (8), a contaminação se mostra preponderante na faixa dos 30 a 39 anos, com 4.529 infectados desde o início da pandemia.

É nessa faixa que o número de mortes mais do que dobrou desde o início do ano. De seis na virada para 13 em menos de 45 dias.

Logo depois vem aqueles que estão entre 20 e 29, com 4.415, seguidos pelos pacientes entre 40 e 49 anos, com 3.665 contaminações. Ou seja, no número absoluto de exames positivos os idosos não aparecem entre os mais infectados pelo coronavírus. Isso comprova o risco dos mais jovens levarem o vírus até os idosos e o quanto a doença é mortal para os mais velhos.

Por exemplo, a taxa de mortalidade da covid-19 em um ponta-grossense de 30 a 39 anos está em 0,29%. Esse número cai para 0,07% na população entre 20 e 29 anos.

Em contrapartida, se o neto contaminado leva o vírus para um avô na casa dos 60 a 69 anos. A chance da perda de um ente cresce na família. Nesta primeira faixa de idosos, a mortalidade em Ponta Grossa está em 4,72% – bem acima da taxa geral do município de 1,55%.

As estatísticas pioram com o avanço da idade. Até segunda-feira, 641 idosos de 70 a 79 foram contaminados em Ponta Grossa. Desses, 80 perderam a vida, o que significa 12,48%. Assim é possível afirmar que um a cada oito pacientes nesta faixa etária morreram na cidade.

Para aqueles acima dos 80 anos a taxa de mortalidade está em 24% – quase um a cada quatro. São 73 óbitos dentro de um universo de 303 ponta-grossenses desta faixa que foram infectados.

Idade Escolar

Desde o início da pandemia, Ponta Grossa registra somente um óbito de paciente entre 0 e 19 anos. A morte foi da jovem Fernanda do Espírito Santos Rodrigues de Oliveira, de 19. Moradora do Santa Mônica, ela precisou ser transferida para Campo Largo em setembro do ano passado e não resistiu à agressividade do coronavírus, vindo a óbito no dia 10 daquele mês. Fernanda era diabética.

Ela é a única jovem desta faixa que não sobreviveu no município. Contudo, é possível observar que Ponta Grossa tem poucos contaminados entre crianças e adolescentes. São 1.574 casos da doença, o que significa 8,15% do total da cidade. A mortalidade nesta fase é de 0,06%.

São esses números que a Fundação Municipal de Saúde (FMS) precisará analisar cautelosamente a partir do momento que todas as redes de ensino retomarem as aulas presenciais.

Na Rede Estadual, a previsão é o dia 18 de fevereiro. Já na Municipal, o retorno dos estudantes está agendado para o dia 22.

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