em

Pesquisa revela qualidade da água no lago de Olarias

Idealizado ainda na década de 1990, foi somente nos últimos cinco anos que o projeto do Parque de Olarias, em Ponta Grossa, ganhou forma. Isso, graças ao represamento do primeiro lago. Diante da suspeita de que as águas podiam estar contaminadas, impróprias para a formação de um lago, a prefeitura logo restringiu o uso da represa, definindo o lago como um “espaço para contemplação”. Agora, uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa atesta isso: o lago de Olarias é adequado apenas para objetivos paisagísticos.

O resultado foi obtido ainda no ano passado, e as conclusões foram entregues à prefeitura de Ponta Grossa e ao Corpo de Bombeiros, importantes parceiros na coleta da água feita em 2018 e que possibilitaram as análises. A professora Elizabeth Weinhardt de Oliveira Scheffer coordenou os trabalhos juntamente com a professora Patrícia Los Weinert, do Departamento de Química da UEPG. Ainda houve participação de alunos de mestrado e de iniciação científica.

Ao final, o lago foi classificado como Classe 3 para a maioria dos parâmetros físico-químicos, mas Classe 4 conforme os parâmetros microbiológicos. “Significa que, nas atuais condições, seu uso é adequado apenas para harmonização paisagística. Então, não se deve pescar ou tomar banho no lago de Olarias. Ele será o componente visual do parque, onde outras atividades de lazer poderão ser

desenvolvidas”, explica a professora Elizabeth, em artigo de sua autoria.

 

Arroios

A pesquisa revelou que os arroios Olarias e da vila Belém que aportam diretamente no lago contêm alta carga orgânica. Isso faz com que a água do lago tenha concentrações acima da legislação para fósforo, nitrogênio e coliformes, e baixa concentração de oxigênio dissolvido. Isso, segundo a professora Elizabeth, pode indicar a presença de esgoto não tratado. Isso pode ser o agente causador do grande crescimento de plantas aquáticas, o que obriga à retirada periódica das plantas em caráter paliativo e, a longo prazo, um programa de recuperação de toda a bacia. “A preocupação deve ser de todos, e não apenas na bacia em que se localiza o lago. Se moramos em local com rede coletora de esgoto, podemos verificar se o esgoto produzido em nossa casa está corretamente ligado”, diz a pesquisadora.

*Leia o artigo da pesquisadora, detalhando as constatações da análise técnica das águas do lago de Olarias

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.