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Criação de comitê da ‘Bacia de Olarias’ tem baixa adesão

Com a expectativa de criar um grupo gestor das ações ambientais que irão culminar na criação do Lago de Olarias, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa realizou, na tarde dessa quinta-feira (8), um evento para apresentar as ações atuais e futuras do projeto. Mais de 100 convites foram direcionados a lideranças, entidades representativas, empresários dos setores comercial, industrial e de serviços, além de associações de bairro. No entanto, o auditório do Centro de Cultura ficou praticamente vazio.

Duas estudantes do Curso Técnico em Meio Ambiente, do Colégio Estadual Polivalente, foram as únicas a assinar a presença. Vitória Souza e Gabriele Cunha viram o debate na programação da Semana do Meio Ambiente, divulgada pelo Município nas escolas, e julgaram o tema pertinente. “Achamos importante conhecer os pontos positivos e negativos dos arroios, já que nesse ano se fala tanto no Lago de Olarias”, disse Gabriele.

A geógrafa e educadora ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Andréia Aparecida de Oliveira, não escondeu a decepção. “Queríamos que a própria sociedade sugerisse seus representantes, criando uma comissão organizadora para a preservação da Bacia Hidrográfica de Olarias e a implantação final do Lago. Do ponto de vista legal, o comitê deve ser tripartite, formado por sociedade civil organizada, poder público e entidades privadas”.

O secretário de Meio Ambiente, Paulo Barros, explicou o próximo passo. “Partiremos para convites específicos a vários setores da sociedade, instituições de ensino e associações de moradores, para que indiquem representantes no Comitê, e aí faremos a escolha por indicação interna, já que é fundamental a participação de toda a sociedade”, explica.

 

Saneamento

A formação do Comitê Gestor é considerada imprescindível para garantir ações que minimizem o problema do lixo e esgoto lançado irregularmente nos arroios, que preservem a mata ciliar e que recuperem áreas degradadas. A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) foi a única instituição a enviar representantes para o Comitê. Luciana Garcia, Geraldo Mikowski e Silas de Oliveira vieram dispostos a colaborar com o debate, que precisou ser cancelado por falta de quórum. “A gestão compartilhada é uma forma de monitorar a área do Lago, garantindo bem-estar e saúde para moradores e frequentadores daquele espaço. Mais de 15 mil imóveis estão instalados naquela região”, lembrou Luciana.

 

Investimentos

O projeto do Parque de Olarias vem sendo debatido há cerca de 20 anos, mas começou a ganhar contornos de realidade em 2014, com obras que propõem a instalação de quatro grandes lagos, dentre os quais o primeiro deve ser concluído até o final deste ano, segundo meta estabelecida pela Prefeitura, e conforme permitirem as condições climáticas.

Na próxima semana deve ser licitada a última etapa da obra do primeiro Lago, no valor de aproximadamente R$ 3,4 milhões. Será contratada a empresa que fará a implantação de bordas e canais, incluindo os gabiões (estruturas em pedra e metal que evitam a erosão). O Lago de Olarias terá 130 mil metros quadrados, com espaços de lazer, pista de caminhada e academia.

 

30% – é a área urbana de Ponta Grossa por onde passa a Bacia Hidrográfica de Olarias

R$ 9,5 mi – é o total já investido no Lago de Olarias desde 2014

Rodrigo Covolan
Prefeitura espera concluir o Lago até o final deste ano

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