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Operário enfrenta surto de covid

Foto: Arquivo / José Tramontin

As dificuldades do Operário Ferroviário – representante do interior do Paraná na Série B do Campeonato Brasileiro – vão além do gramado. O clube centenário vive um surto de casos positivos de covid-19, o que preocupa dirigentes, integrantes da comissão técnica e jogadores. A sequência de positivações começou no dia 9 de outubro. De lá para cá, os casos só aumentaram.

O primeiro a testar positivo foi Rodrigo Viana. O exame do goleiro reserva foi divulgado antes da partida com o Confiança. Na rodada seguinte, mais três atletas estavam contaminados com o vírus: o volante Fábio, além dos meias Rafael Chorão e Tomás Bastos.

Mas o ápice ocorreu antes do confronto com o Cruzeiro, na terça (20), quando a assessoria do clube anunciou mais cinco infectados: o zagueiro Reniê; os volantes Mazinho e Jimenez; o meia Aguada; e o atacante Schumacher.

Assim, em apenas dez dias, o Operário confirmou nove casos – quase um por dia (o que representa 25% do elenco). Desses, oito permanecem em quarentena. Eles não podem treinar e participar das partidas. Só o goleiro Rodrigo Viana retomou as atividades.

Os demais são acompanhados de perto pelo departamento médico do clube e devem passar por nova testagem nos próximos dias.

Sintomas

De modo geral, os jogadores contaminados são assintomáticos ou apresentam sintomas leves. Boa parte deles é pego de surpresa com o resultado positivo. Inclusive, pela proximidade entre as partidas, os exames estão sendo divulgados próximo da data dos jogos. Isso aconteceu antes do duelo com o Cruzeiro, por exemplo.

Porém, há a preocupação de transmissão entre os familiares dos jogadores, o que pode ocasionar uma elevação de casos na cidade como um todo. O filho de um dos atletas infectados, por exemplo, apresentou quadro de febre nos últimos dias e está sendo medicado. A família aguarda a reação ao remédio. Ainda não há oficialização se a causa é o coronavírus.

O que diz a Fundação de Saúde?

A reportagem do DC entrou em contato nesta quarta-feira (21) com a Fundação Municipal de Saúde para questionar sobre o acompanhamento do surto no Germano Krüger.

Em nota, a FMS declarou: “quando a Fundação Municipal de Saúde identifica situações de surto, a Vigilância Sanitária é comunicada para acompanhamento e providências necessárias. No entanto, o órgão não repassa, à imprensa, os nomes de empresas/instituições que se encaixam nessa situação para evitar exposições”.

Até mesmo o prefeito Marcelo Rangel mostrou preocupação com os casos do clube. Em programa de rádio, ele citou o Operário ao falar sobre a possibilidade de quebrar o relaxamento das medidas de prevenção.

Adiamento?

Na partida contra o Cruzeiro, o Operário só teve à disposição 18 jogadores – cinco a menos do que o máximo permitido. O banco de reservas não tinha meio-campistas, o que limitou as opções da comissão técnica. Vale lembrar que, além dos contaminados, a equipe tem desfalques por contusões e suspensões.

Questionada se pretendia pedir o adiamento da partida contra a Chapecoense, a diretoria alvinegra negou a possibilidade. “Não pode devido a regulamento”, informou o diretor Carlos Albuquerque.

Antes do confronto em Chapecó, os jogadores passaram por nova testagem. Os resultados ainda não foram divulgados oficialmente pelo clube.

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