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Operário aguarda burocracia para regularizar terreno do ‘Germano’

Na documentação, imóvel pertence à Prefeitura; Prefeito cita doação em rádio, mas documentação segue no Departamento de Patrimônio

Foto: Arquivo DC

A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa pretende anunciar nos próximos dias a cessão do terreno do Estádio Germano Krüger ao Operário Ferroviário Esporte Clube. O trâmite corre internamente no Departamento de Patrimônio, mas ainda depende de questões documentais para avançar. Desde 2018, a direção do Fantasma trabalha em cima deste imbróglio do terreno em Vila Oficinas.

O prefeito Marcelo Rangel chegou a mencionar na Rádio Mundi que deveria assinar a ‘doação’ nesta sexta-feira (11). Via assessoria, o Operário informou que ainda não há confirmação.

O Departamento de Patrimônio da Prefeitura ratifica que o processo está em andamento, mas que há questões burocráticas para serem solucionadas antes da assinatura oficial. Por exemplo, o terreno do estádio possui diversas matrículas e é necessária a unificação para a regularização efetiva.

A ‘posse’ do Germano Krüger é discutida há dois anos. Em setembro de 2018, os membros do clube social votaram contra a municipalização do local. Na época, o governo municipal teria se comprometido a investir R$ 2 milhões na reforma e ampliação do estádio, o que acelerou uma tentativa de tornar a ‘casa alvinegra’ num bem do município.

Mais tarde ficou claro ao Operário pela documentação que o terreno estava atrelado ao poder público. Um ano depois, Rangel assinou projeto de lei para repasse da área ao clube centenário – algo que foi tentado em 1988 pelo ex-prefeito Otto Cunha.

Para a cessão definitiva, a Prefeitura garante que o Operário precisa de contrapartidas como manter atividades na estrutura do estádio, além de manter projetos sociais, atividades pela Lei de Incentivo ao Esporte, representação de Ponta Grossa em Jogos Oficiais do Estado e a presença da bandeira do município nos uniformes.

A intenção ao repassar o imóvel em definitivo ao Fantasma é facilitar investimentos privados no estádio, inclusive para futuras ampliações. Um exemplo está no fato da Série A do Brasileiro exigir no mínimo 12 mil lugares para torcedores.

Ampliação

Desde o final do ano passado, o Operário Ferroviário possui um projeto de construção de um ‘tobogã’ com capacidade para 3.500 pessoas. Porém, a pandemia da covid-19 e a consequente queda de receita esfriou o planejamento alvinegro. O presidente do grupo gestor, Álvaro Góes, confirmou que a reforma ficou em segundo plano e que o maior investimento da temporada foi para montagem do elenco que disputa a Série B do Brasileiro.

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