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Operação prende seis suspeitos de fraudes em licitações da Sanepar em Ponta Grossa

A Operação Ductos, deflagrada na manhã de segunda-feira (20), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, que investiga fraudes em licitações da Sanepar, cumpriu seis mandados de prisões temporárias (5 dias), além de 15 mandados de busca e apreensão em residências, e quatro mandados de busca em três unidades da Companhia em Ponta Grossa, além de um mandado de busca e apreensão na sede da empresa Martins Engenharia.

Desde o início da manhã de segunda, as viaturas do Gaeco, com o apoio da Polícia Militar e Pelotão de Choque, já estavam na frente dos endereços investigados.

Além de Ponta Grossa, outros municípios do Paraná e um em São Paulo também foram alvos da operação. Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão. Todas as ordens judiciais foram emitidas pela 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa e incluíram, ainda, o bloqueio de imóveis e veículos de 22 pessoas ou empresas.

No Paraná, as buscas foram cumpridas em 37 residências e 13 empresas, incluindo cinco estabelecimentos privados (em Ponta Grossa, Cornélio Procópio, Telêmaco Borba e Curitiba) e oito da Sanepar (três em Ponta Grossa, dois em Telêmaco Borba e um em Curitiba, Santo Antônio da Platina e Cornélio Procópio).

As investigações, iniciadas há cerca de dois anos, apuram principalmente o pagamento indevido por serviços não prestados e fraudes em licitações.

De acordo com o Ministério Público, teria havido benefício ilegal para empresas, mediante pagamento de propinas a servidores da Sanepar.

A principal empresa beneficiada seria também a organizadora do pagamento de propinas. Há suspeitas de que as empresas organizavam entre si o resultado de processos licitatórios, a partir do acesso a informações internas da Sanepar.

“Entre os crimes investigados estão fraude a licitação, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção por meio de organização ou associação criminosa, além de falsidade documental”, disse o procurador de Justiça Leonir Batisti, coordenador estadual do Gaeco.

A reportagem do DC tentou contato com a empresa Martins Engenharia, de Ponta Grossa, mas não houve retorno das ligações até o fechamento desta edição.

Investigações

A operação investigou ainda o faturamento por serviço não executado integralmente ou por serviço superfaturado, com o uso de medições falsas ou não fiscalizadas por servidores da Sanepar. Em contrapartida, funcionários da Sanepar receberiam propina.

Segundo o Ministério Público, o grupo de empresários que liderava a organização das fraudes montou outras empresas para efetivar os pagamentos ilegais e ocultar sua verdadeira origem.

“Nós já tínhamos algumas provas com relação a esta investigação e conseguimos muitas outras informações a partir dos cumprimentos de mandados. Algumas pessoas que foram presas serão ouvidas hoje e as outras no decorrer desta semana. A partir disso, daremos sequência às investigações”, destacou a promotora de Justiça da Comarca de Ponta Grossa, Fernanda Basso Silvério.

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