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Na Câmara, presidente da Associação Médica de PG defende tratamento precoce contra covid-19

Presidente a AMPG, Francisco Pereira de Barros Neto, usou a tribuna da Câmara na tarde desta segunda-feira para tratar sobre o assunto. (Foto: Luiz Lacerda)

Ao usar a tribuna na sessão ordinária desta segunda-feira (19), o presidente da Associação Médica de Ponta Grossa (AMPG), médico há 34 anos, Francisco Pereira de Barros Neto, defendeu o uso do tratamento imediato contra a covid. Nesta segunda-feira, (19), os vereadores votam, em segunda discussão, o projeto de lei 35/2021, que prevê a disponibilização gratuita de kits de medicamentos para o tratamento precoce da covid-19 na rede SUS de Ponta Grossa durante o período de pandemia, o chamado ‘kit covid’. Na galeria, novamente pessoas acompanham a votação, principalmente para demonstrar apoio em relação à matéria. O projeto foi aprovado, em primeira discussão, na última quarta-feira (14), com 12 votos favoráveis e cinco contrários.

O presidente da Associação Médica ressaltou a importância de investir na prevenção à covid-19, fazendo uso de máscara, álcool em gel, entre outros. No entanto, no que se refere ao tratamento precoce, ele pondera que existe um grupo de médicos que prescreve medicamentos e um grupo que não prescreve este tipo de medicamentos. “O que a gente defende é a opção do médico em prescrever o medicamento”, aponta o médico.

Neto destacou que estatísticas apontam que cerca de 80% dos pacientes com covid-19 têm evolução boa contra a doença, sem maiores complicações causadas pelo vírus. “O objetivo ao dar aos médicos a opção pelo tratamento imediato contra a covid é empurrar ao máximo os pacientes para estes 80%”, aponta. “Você pode não ser a favor do tratamento precoce, mas para ser contra é preciso ter motivo muito forte para isso e não vi nenhum estudo que mostre malefícios do tratamento”, aponta. Quanto ao custo dos medicamentos do ‘kit covid’, o presidente da Associação Médica ressalta que o valor varia entre R$ 60 e R$ 80 e, “podem livrar o paciente de uma UTI. Quanto custa manter uma UTI diariamente?”, questiona.

Questionado pelo presidente da Câmara, vereador Daniel Milla (PSD), se a aprovação do projeto – visto que há contradições na comunidade médica sobre o uso do kit – mais beneficia ou prejudica a população, Neto destaca que “se isso contribuir para que a população tenha acesso aos medicamentos de maneira mais fácil, na minha opinião, vai ajudar, respeitando, é claro, o uso dos medicamentos, nas dosagens preconizadas pelos médicos”, pondera.

O projeto prevê que a Prefeitura fique responsável por disponibilizar gratuitamente kits de medicamentos para o tratamento precoce aos pacientes com sintomas de covid-19, que possuam orientação médica com prescrição dos medicamentos como: hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, bromexina, nitazoxanida, zinco, vitamina D, anticoagulantes e/ou outros fármacos que venham a ser liberados e preconizados pelo Ministério da Saúde. Boa parte desses medicamentos já são disponibilizados pela União na rede pública de saúde.

Encabeçado pelo bloco cristão da Câmara de Vereadores, o PL foi assinado por dez vereadores: Leandro Bianco (Republicanos), Felipe Passos (PSDB), Léo Farmacêutico (PV), Missionária Adriana (SD), Daniel Milla (PSD), Divo (PSD), Julio Kuller (MDB), Jairton da Farmácia (DEM), Paulo Balansin (PSD) e Joce Canto (PSC).

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