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Morte de peixes no Alagados ocorre pela segunda vez

É grande a quantidade de peixes mortos na represa (Fábio Matavelli)

Imagens divulgadas através das redes sociais apontaram, ainda na manhã desta sexta-feira (11), uma grande morte de peixes em Ponta Grossa. Sanepar e Secretaria Municipal de Meio Ambienta afirmam que o fenômeno já havia ocorrido em agosto.

O fato foi constatado pelos órgãos ambientais, que afirmam se tratar de consequência da estiagem.

O caso chamou a atenção porque os peixes mortos são da espécie lambari. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Barros, os lambaris são mais sensíveis a mudanças no ambiente aquático. Isso acendeu o alerta, e diversos órgãos se mobilizaram para identificar e informar a causa das mortes.

“O lambari é considerado um peixe indicativo de qualidade de água. Por isso, solicitamos testes da Sanepar. Mas a principal suspeita é de falta de oxigênio”, comentou Barros, após a primeira análise das equipes da SMMA. Ele lembrou que, nos últimos dias, foi grande a estiagem verificada no estado. O calor forte e as características da represa também são propícios para o fenômeno verificado.

“Não foi a primeira vez que isso aconteceu neste ano. Há mais de um mês, já havíamos constatado morte de peixes. Requisitamos teste da qualidade da água e verificamos que não ocorreu lançamento de contaminante”, diz o secretário. Segundo ele, a Represa de Alagados possui o chamado sistema aquático lêntico. Sem corredeiras, o nível de oxigênio diluído na água é ainda menor.

IAT

Durante a tarde de sexta, o Instituto Água e Terra (IAT) emitiu nota a respeito do caso. No texto, reafirmou a estiagem histórica e falta de oxigênio na água como causas das mortes. A nota também garantiu que, “embora esta situação seja muito grave, ela não compromete a água de forma a impedir o seu uso para abastecimento doméstico”

Sanepar

A Sanepar informou que realiza o monitoramento contínuo no ponto de captação de água bruta na Represa de Alagados e não foram observadas alterações nos padrões exigidos pela legislação.

“Embora o local onde ocorreu a mortandade de peixes esteja distante da captação da Sanepar e não influencie na qualidade da água distribuída para a população, a Companhia informou a situação ao Instituto Água e Terra (IAT) no início do mês de agosto”. De acordo com o órgão, em síntese, a morte dos peixes é um impacto da estiagem severa verificada este ano.

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