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IAT confirma mortandade de peixes na Represa de Alagados

Equipes constataram as mortes na manhã desta sexta-feira (Divulgação)

O Instituto Água e Terra (IAT) emitiu uma nota, nesta sexta-feira (11), após constatação da morte de peixes identificada na Represa de Alagados, em Ponta Grossa. Circulam nas redes sociais as fotos que mostram grande quantidade de lambaris mortos no entorno da represa, o que motivou o instituto a se manifestar.

De acordo com o IAT, embora a imagem assuste em um primeiro momento, a causa não é eventual contaminação da água. A represa é responsável por cerca de 30% da captação de água potável no município.

O instituto informa que o fenômeno ocorre devido a fatores naturais que incluem a maior estiagem verificada nos últimos 22 anos no Paraná e o baixo nível de oxigênio na represa. O IAT alerta para que a população não consuma os peixes encontrados, por estarem já em decomposição, e afirma que a qualidade da água não foi comprometida para o abastecimento pela Sanepar.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em relação ao aparecimento recorrente de peixes mortos na Represa de Alagados, o Instituto Água e Terra esclarece que as causas deste fenômeno, são uma combinação de fatores. O Estado do Paraná vem sofrendo com a maior estiagem da história, nesta condição, a falta de chuvas acarreta na estagnação da água em rios e reservatórios.

Isto implica numa menor disponibilidade de oxigênio na água. Durante a noite e início da madrugada, esta situação se agrava, pois as planta aquáticas, que durante o dia fazem fotossíntese, à noite respiram e retiram ainda mais oxigênio da água. Sem oxigênio, toda a vida aquática é impactada e em casos extremos, ocorrem mortandade de peixes. Este é o fenômeno observado na Represa de Alagados, por exemplo.

Embora esta situação seja muito grave, ela não compromete a água de forma a impedir o seu uso para abastecimento doméstico. A água captada não é distribuída diretamente à população. Esta água é tratada e atende a padrões de potabilidade determinados pelo Ministério de Saúde.

Assim a população pode consumir a água sem maiores preocupações.

O órgão alerta para que os peixes encontrados não sejam consumidos por estarem mortos já a algum tempo e provavelmente em decomposição. Enquanto perdurar esta situação de grave crise hídrica, impactos sobre os corpos de água do Estado poderão ocorrer e o IAT estará analisando todas as denúncias recebidas.

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