Os mais de 35 mil alunos da rede estadual de ensino retornaram às aulas na manhã de segunda-feira (29) nas 49 escolas de Ponta Grossa. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, nos 11 municípios dos Campos Gerais atendidos pelo Núcleo Regional de Educação – Carambeí, Castro, Imbituva, Ipiranga, Ivaí, Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Porto Amazonas, São João do Triunfo e Tibagi – são mais de 63 mil matrículas em 113 escolas. Em todo o Paraná, mais de um milhão de estudantes voltaram à rotina escolar.
De acordo com a diretoria do Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa, um calendário de reposição de aulas está sendo elaborado por cada escola, para que a carga horária de aulas e atividades que não foram feitas durante a greve sejam repostas até o final do mês de novembro. Segundo o núcleo, cada escola terá autonomia para repor as aulas como 6ª aula, aos sábados ou encaixes de horários disponíveis.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública do Paraná de Ponta Grossa, Tércio do Nascimento, conta que quase todas as escolas do município terão que fazer algum tipo de reposição. "Acredito que a maioria já está com o plano e cronograma de aulas que deve ser feito nesse segundo semestre. Agora cada direção e professor fará um esquema para repor essa carga horária conforme o acordo com o governo estadual", explica. Nascimento ressalta que a greve está suspensa esperando a volta dos deputados estaduais para votação do reajuste dos servidores. "Estamos esperando como essa proposta vai ser apresentada na Alep, mas já marcamos uma assembleia da categoria no dia 10 de agosto para discutirmos novamente o assunto", revela.
UEPG
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) retomou o calendário acadêmico, após reunião do Conselho Universitário no dia 25 de julho. De acordo com a nota divulgada pela reitoria da UEPG, a retomada das aulas será por adesão de cada professor. "Os professores que não aderiram à greve podem retomar o calendário, do ponto em que este foi interrompido, a partir do dia 29 de julho. Para docentes que aderiram à greve durante o período de suspensão dos calendários, a recomposição de carga horária será discutida a partir dos novos calendários apresentados aos Conselhos Superiores ao fim da greve", diz a nota da reitoria.
De acordo com o Sindicato dos Docentes da UEPG, mais de 90% dos professores estão em greve, mesmo com a retomada do calendário acadêmico. "A coordenação do movimento da Greve na UEPG considera que o Governo não atende às reivindicações da categoria, em greve desde o dia 27 de junho. Além dos professores da UEPG, as demais Universidades Estaduais do Paraná também se mantêm na Greve", enfatiza a nota do sindicato.