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Maioria dos incêndios em residência começam na cozinha

Foto: José Aldinan

Boa parte dos incêndios em residências ocorridos neste ano em Ponta Grossa começaram na cozinha. Um balanço realizado pelo Corpo de Bombeiros apontou que cerca de 12 incêndios têm sido registrados por semana no município ao longo de 2020. Uma parcela destas ocorrências são registradas em casas.

Dados divulgados pelo 2° Grupamento apontam que de janeiro a 19 de outubro de 2019 foram registrados 155 incêndios em edificações que resultaram em 18 vítimas e duas mortes. Neste ano, durante o mesmo período, o número de ocorrências foi maior, com 166 incêndios atendidos pela guarnição resultando em duas mortes. O número de vítimas, no entanto, foi menor, com oito feridos.

Para o 2° tenente Daniel Kaneko Leal, o aumento de ocorrências neste ano pode estar ligado à pandemia, onde as pessoas passaram mais tempo em casa. “Observamos que neste ano muitos incêndios começaram na cozinha por conta, talvez, de um simples descuido. Outro fator que chamou a atenção é que estas ocorrências acontecem, normalmente, no período do almoço e durante as refeições. As pessoas podem se distrair enquanto cozinham e deixam o fogo ligado. Algumas residências são mistas de madeira e alvenaria fazendo com que o fogo se alastre facilmente”, explica.

A redução de feridos neste ano, conforme aponta o tenente, se deu também com a ajuda da vizinhança. “Fator que foi primordial para retirar os moradores do local e acionar o Corpo de Bombeiros. Mas também vemos que as pessoas estão bem mais conscientes de que a vida é muito maior que o dano material e acabam saindo da residência a tempo. Nós damos o nosso melhor para atender a população o mais rápido possível”, destaca o tenente.

Relembre

Em agosto deste ano, os irmãos João Carlos Ferreira, 59 anos, e Márcio José Ferreira, 45 anos, morreram durante incêndio na casa em que eles moravam, no bairro de Olarias, em agosto deste ano. Na data do acidente, equipes do Corpo de Bombeiros se depararam com os corpos carbonizados caídos em diferentes cômodos da casa, no banheiro e na sala. As vítimas, juntamente com um rapaz de 26 anos, moravam em uma casa mista de alvenaria e madeira com aproximadamente 40 metros quadrados.

O incêndio que inicialmente havia sido tratado como criminoso foi descartado pela Polícia Civil dias depois após perícia realizada no local que comprovou que as mortes se deram em decorrência da inalação de fumaça.

No dia 9 de outubro, um grave incêndio ocorrido na Rua Clycema Kozzatz Carvalho, região de Uvaranas, em Ponta Grossa, deixou quatro pessoas da mesma família em estado grave. As duas crianças, de dois e cinco anos, sofreram queimaduras de 2° grau e precisaram ser encaminhadas para o Hospital da Criança.

A mãe, de 27 anos, teve ferimentos leves e precisou ser conduzida ao Hospital Municipal. Já o pai, de 39 anos, sofreu queimaduras graves e precisou ser transferido ao Hospital Evangélico de Curitiba. A reportagem tentou contato com o hospital para saber o seu estado de saúde, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

Ambientais

Já com relação aos incêndios ambientais, o balanço do Corpo de Bombeiros apontou que de janeiro a 19 de outubro de 2019 foram 348 ocorrências registradas, sem vítimas. Neste ano, no mesmo período, foram 318 incêndios ambientais que resultaram em duas vítimas.

“Os números estão bem parecidos de um ano para o outro, mas percebemos que neste ano o número de incêndios registrados foi maior logo após o inverno, onde tivemos um período bastante seco, com temperaturas mais elevadas, que fez com que mais ocorrências fossem registradas”, aponta o tenente.

Prevenção

Cozinha: No caso das residências, o Corpo de Bombeiros orienta para cuidados domésticos, principalmente, na cozinha. Deixar o cabo da panela virado para o fogão para não correr o risco da panela cair em crianças, é uma das principais orientações.

Velas: Em caso de apagões, evite acender velas em cima da cama. As fagulhas podem cair no tecido fazendo com que o fogo se alastre rapidamente. O ideal é acender velas em cima de pedras e bancadas que não ofereçam riscos.

Tomadas: Em caso de tempestades, evite contato com tomadas que possam gerar descargas elétricas.

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