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Jurados não comparecem e júri de professora Luciane é adiado

Amigos e familiares de Luciane estavam concentrados em frente ao Fórum de Ponta Grossa e foram surpreendidos com o adiamento. (Foto: Divulgação)

O júri popular de Marcelo Ávila, acusado do feminicídio da esposa, a professora Luciane Ávila, precisou ser cancelado por falta de jurados. A sessão estava marcada para a manhã de terça-feira (15), no Fórum de Ponta Grossa e, logo pela manhã, amigos e familiares de Luciane estavam em frente ao local com faixas e cartazes que pediam por justiça, mas foram surpreendidos com o aviso de última hora sobre o cancelamento do julgamento.

De acordo com o advogado da família de Luciane, Angelo Pilatti Junior, 25 jurados haviam sido convocados, mas apenas 11 compareceram. “Para dar quórum era necessário que 15 convocados estivessem aqui, mas eles não vieram e não justificaram o motivo. Então o juiz optou pelo cancelamento do júri que ficou agendado, à princípio, para o dia 13 de julho”, explicou.

Pilatti comentou ainda que os familiares ficaram bastante chateados com a situação. “Conversei com a família e expliquei a eles. Mas essa foi a decisão da justiça e agora temos que aguardar pela nova data do julgamento”, disse o advogado.

Marcelo, que está preso no Complexo Médico Penal, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, seria interrogado por vídeo. Apenas os jurados participariam de forma presencial com todos os protocolos de segurança da pandemia de covid-19.

Crime

O crime ocorreu no dia 4 de dezembro de 2019. Naquela data, o marido se armou com uma faca e surpreendeu Luciane na frente da escola em que ela trabalhava, no bairro Órfãs (esquina da Avenida Anita Garibaldi com a Rua Assis Brasil). Era início da tarde quando o ataque aconteceu.

A professora de 42 anos estava com um dos filhos do casal, de apenas oito anos de idade, ao lado. O menino era estudante do mesmo colégio. Marcelo esfaqueou a esposa mais de dez vezes enquanto ela atravessava a rua. Ele ainda feriu um homem que tentou ajudar a professora e fugiu. Luciane morreu no local. No dia anterior ao crime, ela havia solicitado medida protetiva contra o marido. O casal estava em processo de divórcio.

O réu responderá no Tribunal por homicídio com tripla qualificação (meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio), corrupção de menor – visto que o crime foi cometido na presença da criança, e lesão corporal pelo ferimento causado na testemunha que tentou ajudar a vítima.

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