O Instituto Médico Legal (IML) identificou o jovem atropelado nas primeiras horas desta quinta-feira (22), na BR-376, em Ponta Grossa. Gabriel Bueno Mordhost, de 18 anos, foi a vítima do acidente. Ele morreu no local sem qualquer atendimento.
O motorista responsável pelo atropelamento não prestou socorro e evadiu-se. De acordo com as informações colhidas no local pela reportagem, o acidente aconteceu por volta das 3h30 da manhã. Uma testemunha teria acionado a CCR Rodonorte, mas os funcionários da concessionária não localizaram a ocorrência e acharam se tratar de um trote.
Em contato com a reportagem, a concessionária emitiu nota de esclarecimento dizendo que a informação não procede e que houve um erro no repasse da localização. “A CCR Rodonorte esclarece que em nenhum momento teve um entendimento, através de suas equipes de inspeção e Atendimento Pré-Hospitalar (APH), de que o atropelamento registrado no km 492 da BR 376 nesta quinta-feira (22) se tratava de um trote. Um primeiro registro foi feito em nossa central telefônica com a localização incorreta da referida situação, o que dificultou, em um primeiro momento, que as equipes localizassem a ocorrência”, esclarece.
Diante da situação, o corpo de Gabriel foi encontrado somente ao amanhecer por populares. Eles acionaram as autoridades. O Instituto Médico Legal (IML) fez o recolhimento por volta das 8h20 – cinco horas após o atropelamento.
O acidente ocorreu no Km 491, nas proximidades do Autódromo André de Geus, no perímetro urbano de Ponta Grossa. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) observou no local que não havia qualquer indício de que o jovem fosse andarilho. Conforme o IML, o corpo apresentava como vestes uma calça jeans preta e um boné da mesma cor.
Gabriel era natural de Joinville (SC), mas, conforme informações do Serviço Funerário Municipal, morava no Jardim Itapoá, em Ponta Grossa. Da região do acidente até a residência são aproximadamente seis quilômetros de distância, passando pelo viaduto da Rua Anita Filipovski e seguindo a pé pela Avenida General Aldo Bonde até o residencial.
O jovem portava os próprios documentos no momento do acidente. Gabriel trabalhava como garçom na cidade. Dezenas de amigos lamentam pelas redes sociais a perda precoce do rapaz e pedem justiça. “Tiraram de nós uma pessoa incrível, que sempre estava ali pelas pessoas que ele gostava. O piá mais sorridente e bom astral que eu já conheci em toda a minha vida. Tô sem acreditar ainda. Agora só queremos justiça pelo nosso Gabriel”, escreveu Alessandra.
O velório de Gabriel Mordhost ocorre na Capela Municipal São José. O sepultamento está marcado para a manhã desta sexta-feira (23), às 10h, no Cemitério São Vicente de Paula.
Em posse de informações e vestígios colhidos no local, a Polícia Civil vai abrir inquérito para apurar o caso e descobrir quem causou a morte de Gabriel.