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História real de filho que teria matado mãe e pai em Ponta Grossa

Dependente químico de 39 anos teria se feito órfão com as próprias mãos no Ronda

PMs diante do endereço da ocorrência / Foto Fábio Matavelli

Na sexta-feira (28), quando o dia ainda nem havia clareado, ao entrar na casa dos pais, um dos filhos de um casal de idosos encontrou a mãe, Reni Retzlaff Hey, de 78 anos, e o pai, Moisés Ferreira Hey, de 83, mortos.

Um dos corpos estava sobre a cama, em lençol repleto de manchas em vermelho escuro, e o outro no chão, manchado nos mesmos tons. Boa parte dos golpes, possivelmente com faca, lhe pareceu ter atingindo as regiões do tórax e garganta dos pais.

Tão cruel quanto a forte e surpreendente cena vista pelo filho do casal de idosos, que mora na casa nos fundos do mesmo terreno, foi perceber quase instintivamente que eles teriam sido assassinados pelo seu próprio irmão, Ricardo.

O filho caçula do casal, 39 anos, é dependente químico há mais de oito anos. Já ele, o primeiro a saber da tragédia familiar, costuma sair para trabalhar às 5h30 e, na sexta, entrou na casa dos pais porque estranhou a porta da cozinha aberta.

Ronda

O duplo homicídio ocorreu na Rua Professora Braulina Carneiro de Quadros, no bairro Ronda, em Ponta Grossa. Nos tribunais, pode vir a ser entendido como latrocínio, à medida que o botijão de gás que abastecia o fogão das vítimas sumiu.

Há quem diga que foi trocado por crack. Talvez tenha sido mesmo, pois Ricardo, por volta das 9 horas, “alucinado”, como descreveram testemunhas, tentou assaltar uma loja agropecuária no bairro Estrela.

Ele entrou na loja, na Rua Benedito Lopes Bragança e, com a mão no bolso simulando estar armado, deu voz de assalto ao funcionário que estava no balcão.

A proprietária, que estava fora da visão do suspeito, percebeu o que ocorria e deu o alarme. “Pega ladrão, pega ladrão”, grito que foi ouvido por vizinhos.

Ricardo se assustou e correu. Quatro ou cinco homens foram atrás. O suspeito tropeçou, caiu e foi imobilizado até a chegada da Polícia Militar.

Os filhos, irmãos, netos e amigos de Reni e Moisés – que há muitos e muitos anos vendia sorvetes empurrando um carrinho branco pelo bairro –, inconformados, sofrem a dor da tragédia.

O suspeito, que teria se feito órfão com as próprias mãos, está preso e quem sabe um dia acabe dando conta do que protagonizou. E, infelizmente, as drogas continuam por aí transformando filhos em algozes dos próprios pais.

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