O Grupo GMAD, que atua na distribuição de produtos e serviços para móveis, planeja expandir sua atuação em Ponta Grossa. Para isso, na quarta-feira (16), o presidente do Grupo GMAD, José Álvaro Góes Filho, se reuniu com o secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, José Carlos Loureiro Neto; o coordenador de Desenvolvimento Industrial da secretaria, Adilson Strack; e o vereador Paulo Balansin (PSD), para discutir a possível utilização de estrutura do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC), no bairro Cará-Cará, para instalação de uma unidade do grupo.
Segundo Góes, a intenção é utilizar um dos barracões – com área de 7,5 mil m² – para implantação de unidade de estocagem, fabricação de catálogos, corte de chapas, serviço de fita de borda, e trabalhos para marcenaria. O investimento previsto na implantação da unidade gira em torno de R$ 2 milhões. “A gente prevê a reforma da estrutura, inclusive com a recuperação do telhado”, aponta. Conforme o empresário, estes serviços já são realizados pelo grupo, mas é preciso um novo espaço para poder ampliar o trabalho. A expectativa é que seja possível a geração de pelo menos 15 novos empregos diretos e 10 indiretos. “São muitos os benefícios para a nossa cidade e o principal deles é a geração de empregos”, destaca Balansin.
Conforme Loureiro, agora a proposta para que a prefeitura conceda a permissão de uso da estrutura pelo prazo de dez anos será analisada pela Comissão de Desenvolvimento Industrial (Codesi) e, sendo aprovada, um projeto de lei sobre a medida será encaminhado para análise da Câmara dos Vereadores.
O Grupo GMAD foi fundado em 1990 pelos sócios José Álvaro Góes Filho e João Miguel Maia Neto, que inauguraram em Ponta Grossa a Madcompen, primeira loja que mais tarde viria a transformar-se no grupo. O grupo atua na distribuição de produtos e serviços para móveis – como painéis de madeira, acabamentos, ferragens, maquinários entre outros. São mais de 12.000 itens disponíveis que atendem mais de 50.000 profissionais de marcenaria e arquitetura por todo o Brasil, por meio de mais de 70 lojas.
O imóvel
A maior parte da estrutura do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC), localizada no bairro Cará-Cará, seguia sem previsão de uso após 11 anos em poder da Prefeitura de Ponta Grossa até os planos da GMAD. O imóvel é composto por dois barracões; enquanto que um deles é utilizado como almoxarifado da Fundação Municipal de Saúde desde 2012 e também abrigou mobílias e objetos da Secretaria de Educação até o ano passado, o outro segue ocioso desde 2009, quando a administração municipal adquiriu o imóvel por R$ 4,5 milhões.
Em 2018 houve uma tentativa de utilização do espaço: a Prefeitura concedeu a área para três indústrias que seriam responsáveis pela manutenção do local e formariam um condomínio industrial por pelo menos 10 anos.
As leis de permissão de uso dos espaços determinavam que a concessão da área total de 18,3 mil m² tinha como condições que as empresas gerassem, juntas, 113 empregos e investissem R$ 3,2 milhões no imóvel para reformas. Mas, os prazos não foram cumpridos pelas empresas e as concessões foram retomadas. (Com Millena Sartori)