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Focos do Aedes aegypti voltam a causar preocupação

O calor veio com força total neste final de verão, e o clima abafado e úmido é perfeito para o surgimento das larvas de mosquito. Um levantamento da Secretaria de Saúde de Carambeí revelou que pelo menos sete imóveis vistoriados nas últimas três semanas tinham a presença das larvas do Aedes aegypti que, além da dengue, também transmite outras doenças como zika e chikungunya.

Para a inspetora sanitária e atual coordenadora de Controle e Combate a Endemias no Município, Adriana Fernandes de Oliveira, a situação é preocupante. “Esses focos não estão em terrenos baldios, mas sim no interior de residências e comércio, na área central, próximo à rodovia. Isso indica que o que está ocorrendo é a falta de cuidado dos moradores em relação à água parada”, comenta.

Em Ponta Grossa, a situação não é menos preocupante. A Gerência do Departamento de Zoonoses revelou que há mais de 50 localidades nas quais foram detectadas larvas do inseto. Entre as regiões positivadas estão Vila Estrela, Jardim América, Vila Bonsucesso, Jardim Paraíso e Vila 31 de Março, além do entorno do Aeroporto Sant’Ana no Cará-Cará e da Prefeitura, na Ronda.

As equipes de fiscalização continuam visitando os imóveis, nas diversas regiões da cidade, como forma de orientar a população sobre os cuidados para evitar o surgimento do mosquito. Na tarde de ontem, um grupo esteve na região de Uvaranas, onde foram coletadas larvas que seriam encaminhadas para análise em laboratório e posterior identificação da espécie.

 

Prevenção

Recipientes como baldes, garrafas, ralos, lixeiras e outros objetos devem sempre estar fechados ou virados com a boca para baixo. Nos casos dos pratos de vasos de planta, devem ser preenchidos com areia. Os vasos sanitários também devem permanecer tampados e pneus devem ser mantidos em locais cobertos. Outra forma para evitar as doenças, que deve ser aliada à limpeza, é o uso de repelentes e inseticidas. É importante lembrar que o produto utilizado deve ser devidamente registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ser aplicado de acordo com as instruções do fabricante, contidas no rótulo.

 

Estatísticas

Segundo o Governo Federal, as três doenças transmitidas pelo Aedes agypti tiveram redução significativa em 2017, comparado com o mesmo período de 2016. Até 25 de novembro do ano passado, houve uma queda de 83,4%. Com relação ao número de óbitos, também houve redução, passando de 695 mortes em 2016 para 130 em 2017. Em relação à febre chikungunya, houve queda de 32,1% em relação ao mesmo período do ano passado, com 156 óbitos. No mesmo período, em 2016, foram 213 mortes confirmadas. A redução do zika foi de 92%, passando de 214.727 registros em 2016 para 17.047 em 2017, com um óbito registrado pelo vírus Zika. O Ministério da Saúde alerta para que sejam mantidos os cuidados básicos como forma de evitar novas escaladas das doenças.

Fiscais visitam imóveis orientando população e fazendo coletas (José Aldinan)

 

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