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Falta de piscina adequada precariza a natação em Ponta Grossa

Equipe de nadadores treina em piscina particular curta, longe das condições mais adequadas. Foto: Fábio Matavelli

Ponta Grossa vive graves problemas em uma das modalidades que mais traz conquistas para a cidade. A natação está desde o final do ano passado sem estrutura pública adequada para realizar treinamentos e a perspectiva não é das melhores. O antigo clube Guaíra, onde fica a Piscina Municipal, tem o teto prejudicado e depende de uma grande obra para abrigar as atividades esportivas. Outra alternativa, como a estrutura da Arena Multiuso, esbarra na falta de aquecimento e, por consequência, em dificuldades orçamentárias.

Diante das circunstâncias, a equipe da Associação de Pais e Amigos da Natação de Ponta Grossa (Apanpg) está treinando em uma academia particular, cedida gratuitamente por um dos diretores da entidade. Até aí parece tudo quase normal. Só que a piscina usada tem 12,5 metros de extensão, enquanto o espaço das competições é de 50 metros. Uma diferença que pode refletir no desempenho dos atletas.

E, ao que tudo indica, a pandemia de covid-19, desta vez, não vai interferir no calendário de eventos presenciais. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) confirma os Campeonatos Brasileiros Infantil e Juvenil para julho e agosto, respectivamente.

“Temos vários atletas bem no ranking e que têm índice para a competição. Temos atletas inclusive com chances de medalha nacional, mas extremamente prejudicados na questão dos treinos”, expõe o dirigente da Apanpg, Roberto Mryczka.

Além disso, Ponta Grossa tem cinco nadadores pré-aprovados no programa Geração Olímpica, com bolsas cedidas pelo Governo do Estado. A expectativa é ampliar esse número para até dez, mas aí surge mais um problema. “Se esses atletas bolsistas não nadarem ou não obtiverem bons resultados, eles podem perder as bolsas, prejudicando uma geração inteira da cidade”, frisa o dirigente.

O estrago pode ser maior caso a equipe passe a perder profissionais que estão vinculados ao projeto. Em 2013, o treinador Alexandre Pina deixou Maringá e passou a comandar os nadadores de Ponta Grossa. A safra era boa e a rotina de treinos igualmente na época. “Agora ele está na iminência de ir embora, pois a equipe está definhando e a perspectiva é sombria”, afirma Mryczka.

Promessas

Há quase três meses, o dcmais conversou com o secretário de Esportes, Marco Raasch, que havia projetado soluções entre os meses de março e abril. Nesta terça-feira (4), a reportagem entrou em contato novamente com o responsável pela pasta. Raasch informou que a reforma da cobertura e dos tirantes da piscina do Guaíra estão em fase de licitação

No entanto, o trâmite burocrático para obras não traz boas perspectivas para que haja solução a curto prazo. “Estou buscando através de vereadores e deputados para agilizar quanto à verba”, diz o secretário.

Uma alternativa para o período seria consertar o aquecimento da Piscina da Arena Multiuso, que nunca foi usada. Mas Raasch rebate. “O foco agora é licitarmos e buscarmos recursos pra deixar o Guaíra pronta pra uso”.

Mais prejudicados

Não são somente os atletas da Apanpg que usam a Piscina Municipal do Guaíra. O local também abrigava atividades da própria Secretaria de Esportes. Entre elas, as aulas do ‘Esporte de Base’, projeto que auxiliava na formação de nadadores. Havia também sessões de hidroginástica no espaço.

Até mesmo a corporação do 2° Grupamento do Corpo de Bombeiros fazia uso da piscina com dimensões oficiais. Recentemente o espaço serviu para treinamentos dos socorristas que iam à Operação Verão. Mas neste ano não houve atividades por conta do fechamento do Guaíra.

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