A Maltaria Campos Gerais, localizada em Ponta Grossa, já tem data para iniciar as operações da produção de malte.
O empreendimento é uma intercooperação que reúne as cooperativas Agrária Agroindustrial (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa), Capal (Arapoti), Castrolanda (Castro), Coopagrícola (Ponta Grossa) e a Frísia (Carambeí). Na primeira etapa, a previsão é que a planta produza 240 mil toneladas de malte por ano, cerca de 15% do volume do consumo atual do País.
De acordo com a direção da Agrária, que comanda o projeto, a maltaria começará a produzir em janeiro de 2024. A informação foi confirmada com exclusividade para o jornal Diário dos Campos e portal DCmais.
Os testes da produção devem ser iniciados ainda no mês de novembro deste ano. “Antes de entrar em pleno funcionamento, a Maltaria precisa realizar testes em todos os processos de produção, para garantia da qualidade do produto que será expedido”, diz o comunicado.
As obras da Maltaria Campos Gerais estão em 80% e as licenças de operação para fabricação de malte, cervejas e chopes e a Licença de Instalação já foram emitidas pelo Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná.
Empregos
A estimativa é que o empreendimento gere cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos, além de beneficiar aproximadamente 12 mil cooperados das seis entidades.
“Já temos colaboradores atuando de forma efetiva e as contratações continuam acontecendo. Não temos como precisar a quantidade, porque é um número que está mudando constantemente devido aos processos de seleção realizados pelo setor de Recrutamento e Seleção da Agrária”, finaliza o comunicado da Agrária Agroindustrial.
Investimentos na Maltaria Campos Gerais
A Maltaria Campos Gerais tem projeção de investimentos de R$ 3,4 bilhões com apoio do programa de incentivos do Governo do Estado. A planta está sendo construída em duas etapas em um terreno de 800 mil m² próximo à montadora de caminhões DAF, na PR-151, adquirido pela própria empresa. A previsão é que a primeira fase seja concluída até 2028 e a segunda parte dos investimentos finalize em 2032.
Segundo a Prefeitura de Ponta Grossa, a produção de riqueza nos primeiros anos de funcionamento, a partir de 2024, é da ordem de R$ 500 milhões e, a partir de 2025, é de R$ 1 bilhão ao ano.
Produção de cevada
Além do empreendimento em si, o investimento também reflete em toda a cadeia de produção. A área total destinada para o plantio da cevada, que é um dos principais insumos para a produção do malte, pode chegar a 100 mil hectares, alcançando outras regiões do Estado. É equivalente a quase toda a área de cevada cultivada atualmente no Brasil, que chegou a 103,4 mil hectares em 2020.
O Paraná é o principal produtor do grão no País, responsável por 72,4% de toda a produção nacional em 2020, volume que alcança 272 mil toneladas.
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