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Estoque de medicamentos do HU vai durar só mais oito dias

O Hospital Universitário (HU) Regional dos Campos Gerais volta a enfrentar problemas com baixo estoque de medicamentos para o tratamento de pacientes com covid-19 em estado grave, que estão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

De acordo com o hospital, o estoque é suficiente somente por mais oito dias. Os principais problemas são os fármacos midazolan, rocuronio e fentanil, utilizados no processo de entubação, sedação e anestesia dos pacientes que necessitam de respiração mecânica.

“O estoque está baixo em relação ao necessário e, com isso, só temos medicamentos por mais oito dias, diferentemente dos insumos, que está razoável e o estoque é para mais 40 dias. A reserva dos materiais melhorou muito após a campanha de doações e repasses feitos pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa)”, informou o hospital.

Essa é a segunda vez, em menos de um mês, que o HU enfrenta o mesmo quadro de baixo estoque de medicamentos utilizados em pacientes da UTI. O aumento do consumo se deu em praticamente todo o país devido ao avanço dos casos graves da doença e, por consequência, de maior incidência de ocupação dos leitos de UTIs, inclusive em Ponta Grossa.

Naquele momento, o socorro emergencial veio do Hospital Municipal Amadeu Puppi, que no sábado (25/7) fez o repasse de parte do que tinha no estoque e, no domingo (26), foi a vez da secretaria estadual de Saúde enviar um lote emergencial.

Esses medicamentos enviados pela Sesa foram conseguidos no Rio de Janeiro por interferência direta do ministro da Justiça, Eduardo Pazuello. O governo estadual mandou uma aeronave buscar os medicamentos.

Já em março, prevendo o aumento da demanda de leitos de UTI e medicamentos específicos com o avanço da pandemia, o HU suspendeu cirurgias, procedimentos e exames eletivos, como endoscopias, por exemplo, que necessitam de sedação.

“Protocolos internos de uso de sedativos e bloqueadores neuromusculares nas UTIs, Centro Cirúrgico e Obstétrico foram revistos”, informou o hospital à época.

Ontem, a reportagem questionou a Sesa sobre uma possível previsão de nova remessa dos medicamentos para o HU, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.

Em situação anterior, diante do mesmo questionamento, a secretaria informou que dependia de uma grande compra internacional que vem sendo tentada pelo Ministério da Saúde em conjunto com outros países da América Latina.

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