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Economia de PG segue como a 5ª maior do PR durante a pandemia

No ranking de geração de riquezas (valor adicionado fiscal) a cidade dos Campos Gerais fica atrás apenas de Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais e Maringá

Foto: Arquivo/DC

Em 2020, ano marcado pelo início da pandemia no Brasil, Ponta Grossa manteve seus status de quinta maior economia do Paraná. Dados do valor adicionado (VA) mostram que a cidade produziu R$ 10,7 bilhões em riquezas, 11,1% a mais nominalmente (sem o desconto da inflação) do que ano anterior – quando a pandemia nem era imaginada. No mesmo período, a inflação (IPCA) foi de 4,52%.

Os dados são da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa) e pertencem ao levantamento do índice provisório de 2020.

Com o resultado, Ponta Grossa manteve-se na posição já alcançada em 2019; em 2018, ocupava o 7º lugar do ranking estadual. À sua frente estão Curitiba (R$ 40,48 bi), Araucária (R$ 31,1 bi) e São José dos Pinhais (R$ 18,15), polos industriais e petrolíferos, e Maringá (R$ 10,96 bi), a terceira cidade mais populosa do estado. Abaixo de Ponta Grossa estão Londrina (R$ 10,3 bi), Cascavel (R$ 9,07 bi), que neste ano ultrapassou Foz do Iguaçu (R$ 8,7 bi), Toledo (R$ 7,03 bi) e Paranaguá (R$ 6,75 bi).

Dentre as dez primeiras colocadas do estado, cresceram na pandemia Paranaguá (56,5%), Toledo (22,6%), Cascavel (17,1%), Maringá (12,1%), Ponta Grossa (11,1%), Londrina (8,9%), Curitiba (5,5%) e Araucária (5%). Na contramão, registraram um valor adicionado menor em 2020 os municípios de São José dos Pinhais (-6,8%) e Foz do Iguaçu (-4,3%).

Atividades econômicas

Todos os setores econômicos bateram os seus próprios recordes de valor adicionado em 2020. Dentre eles, a atividade que mais aumentou de um ano a outro foi a agropecuária. Impulsionada pela alta do dólar e das commodities e pelo aumento da safra, a atividade produziu 38,8% a mais de riquezas em Ponta Grossa. Apesar disso, segue como o menor setor da cidade, responsável por 6,2% do VA local: R$ 663,09 milhões.

O segundo maior crescimento foi do setor de serviços: com +13,34% nominais, a categoria somou R$ 1,08 bilhão, 10,1% do total. A indústria, maior setor econômico da cidade, cresceu 12,77% e chegou a R$ 6,49 bilhões, 60,7% das riquezas ponta-grossenses.

Já o comércio foi o único que apresentou um crescimento menor que a inflação: foram +0,97%, chegando a R$ 2,46 bilhões, segundo maior valor (23% do total).

O que é valor adicionado

Conforme explica o secretário municipal da Fazenda, Cláudio Grokoviski, o valor adicionado é um mensurador de riquezas geradas que compõe o próprio PIB. “É a diferença do que a empresa comprou/utilizou na sua produção em relação à venda do seu produto. Ou seja, o lucro bruto desconsiderando os custos diretos e indiretos, como pessoal e transportes, por exemplo”, explica. 

“O valor adicionado é considerado o PIB das empresas geradoras de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]. Somando estas às que não são tributadas por este imposto temos o PIB de um local”, categoriza, lembrando que entre as empresas que ficam de fora dessa classificação estão construtoras, bancos, hospitais, correios, entre outras.

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