em

Delegado afirma que motoboy morto em acidente não tinha CNH

O delegado Fernando Maurício Jasinski confirmou, na tarde desta quarta-feira (1º) que o motociclista Kennedy Simões, morto em acidente de trânsito na madrugada de domingo (26), não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH). De acordo com o delegado, o próximo passo será verificar outras imagens de câmeras de estabelecimentos comerciais ou do Município, buscando novos flagrantes do acidente.

Segundo ele, o inquérito policial tem 30 dias para ser concluído, e ainda tem muitos fatos a serem analisados. “Também buscamos eventuais testemunhas dos fatos, além da perícia da motocicleta e do automóvel envolvido no acidente, e o resultado da perícia do local para verificar se é possível determinar o que motivou a colisão. Até agora, o único fato incontestável é que o condutor do automóvel apresentava embriaguez”, disse Jasinki.

Kennedy Simões, de 21 anos, morreu após uma colisão com um veículo Chevrolet Ônix, na madrugada do último domingo, na Avenida Visconde de Mauá. O motorista do Ônix estava embriagado, conforme resultado do exame realizado logo após o acidente, que constatou 1,16 mg/L, e com a CNH suspensa. A morte do rapaz, que trabalhava como motoboy, gerou protestos de seus colegas na segunda-feira (27). Dezenas de motociclistas percorreram as ruas centrais da cidade em buzinaço e se mobilizaram em frente ao local do acidente.

Kennedy era motoboy, e filho de Flávio Simões, socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Ponta Grossa, que teve a triste experiência de ser chamado para o atendimento ao acidente, encontrando o rapaz já em óbito.

Segundo do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), Ponta Grossa foi um dos municípios que não registrou redução significativa no número de multas originadas por embriaguez ao volante. No quadro urbano do município, em 2015, foram aplicadas 305 multas. No ano seguinte foram 304.

 

Fábio Matavelli

Acidente aconteceu na madrugada do último domingo

 

 

Embriagados

Na madrugada de domingo (26), a equipe de Pelotão do Trânsito verificou um acidente ocorrido na região central de Ponta Grossa, onde o condutor de um veículo Ford Ka colidiu contra um Volkswagen Gol estacionado. O motorista, um senhor de 66 anos, fez o teste de etilômetro que apontou 0,99 Mg/L.

Na mesma madrugada, um rapaz de 19 anos acabou capotando um Fiat Strada na Avenida João Manoel dos Santos Ribas, em frente à 13ª Subdivisão Policial, na região da Nova Rússia. Os policiais constataram que o rapaz também tinha visíveis sinais de embriaguez. Os dois motoristas dividiram a mesma cela na Delegacia.

 

Fábio Matavelli
Dois condutores foram detidos no mesmo dia por embriaguez ao volante

 

 

IML diz seguir determinações

Novamente, houve espera na porta do IML de Ponta Grossa. O corpo de Kennedy Simões só foi liberado para sepultamento cerca de nove horas após sua morte. O condutor do veículo envolvido no acidente pagou fiança, e saiu pouco tempo após a liberação do corpo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, não houve demora. “Seguindo resolução do Conselho Federal de Medicina, necropsias não podem ser feitas de madrugada. Ainda de acordo com o artigo 162 do Código de Processo Penal, a autópsia deve ser feita pelo menos seis horas após o horário do óbito, salvo exceções. Também por orientação da Sociedade Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas, a realização de exames de necropsia não devem mais ocorrer no período da madrugada, das 23h às 7h”.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.