Em reunião nesta quarta-feira (2), os integrantes da comissão parlamentar de inquérito que vai investigar contratos da empresa Cidatec com o Município – intitulada CPI do Estar Digital, definiu a presidência e relatoria da comissão. Izaías Salustiano (PSB), autor do pedido de instalação da CPI, ficou com a presidência, e a vereadora Josi do Coletivo (PSOL) é a relatora da comissão. Integram ainda a CPI os vereadores Paulo Balansin (PSD), Julio Kuller (MDB) e Joce Canto (PSC).
Entre outras coisas, a CPI pretende investigar supostas irregularidades ocorridas na inexigibilidade de licitação 003/19, assim como contrato, implantação e demais ações realizadas pela empresa Cidatec junto ao Município; demais licitações e contratos realizados entre prefeitura, Prolar, envolvendo Cidatec, assim como o vínculo jurídico e societário entre Cidatec e DF System. O objetivo, aponta Salustiano, também é elucidar possíveis irregularidades no relatório final aprovado, bem como nos atos adotados pela CPI do Estar Digital, realizada pela Câmara em 2020.
Em dezembro de 2020, investigações conduzidas pelo Gaeco identificaram possíveis ilegalidades na contratação da Cidatec pela Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes do Município (AMTT) para a implantação e operação do ‘Estar Digital’, e para a compra de softwares pela Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), entre os anos de 2016 e 2020. O ex-vereador Valtão foi acusado pelo Ministério Público de ter recebido R$ 15 mil para favorecer a empresa no relatório final da CPI que investigava os contratos entre a prefeitura e a Cidatec. Valtão era relator da comissão. Ele e quatro empresários viraram réus no processo. Valtão foi alvo de denúncia de quebra de decoro na Câmara de Vereadores e o relatório final da comissão parlamentar processante (CPP) foi pela procedência da denúncia e pela sua cassação. No entanto, antes que a sessão de julgamento fosse agendada, Valtão renunciou ao mandato.