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Cesta básica em PG consome mais de 60% do salário mínimo nacional

Arte: Diário dos Campos/dcmais

* Por Felipe Liedmann

A compra de 33 itens básicos custa atualmente para o bolso do ponta-grossense R$ 657,48, o que representa mais de 60% do salário mínimo vigente: R$ 1.045,00. O apontamento é do relatório divulgado mensalmente pelo Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Nerepp-UEPG) e considera o necessário para alimentação, higiene e limpeza de famílias com média de três membros.

De acordo com os dados gerais, uma família que ganha um salário mínimo gasta 62,92% da renda para obter os produtos básicos. Essa faixa acima de 60% é constante desde outubro, quando a cesta chegou perto do patamar de R$ 640.

Relacionando o valor atual com famílias de dois, três, quatro e cinco salários mínimos, o levantamento mostra que, para a aquisição da Cesta Básica, essas famílias dependeriam, respectivamente, de 31,46%; 20,97%; 15,73%; e 12,58% da renda total.

Em um ano, os 33 itens considerados sofreram elevação de R$ 144,49, o que representa aumento de 28,17% no período.

Queda mensal

O atenuante é que nos últimos 30 dias a cesta básica teve uma leve queda em Ponta Grossa. O valor total caiu R$ 5,60, o que significa diminuição de 0,84% no mês.

Foi a primeira queda registrada pelo Nerepp-UEPG desde novembro de 2019, quando o preço final da cesta passou a ter elevação a cada mês.

Apesar da queda no valor total, a maior parte dos produtos ainda sofreu alguma elevação no período de 30 dias. Dos 33 itens: 22 subiram, 10 caíram e somente um permaneceu constante.

Vilões

O produto que mais subiu de um mês para outro na atual cesta foi o shampoo. A elevação ficou em 25,04%. Já o grupo que mais aumentou volta a ser o dos hortifrutigranjeiros, com a subida de 8,64%.

Neste grupo está o tomate, que subiu 21,79% na virada do ano. Também estão na lista de vilões do bolso: farinha de trigo (5,03%), água sanitária (4,82%) e carne de frango (2,39%).

Mocinhos

Mesmo com o shampoo mais caro, o preço de tomar banho não subiu tanto. Isso porque o produto com a maior queda em 30 dias ficou a cargo do sabonete, caindo 15,65%.

Considerando os grupos de itens da cesta básica, o registro de maior variação negativa está nas carnes, com queda de 8,46%.

A carne bovina, por exemplo, caiu 2,75%. Outras quedas registradas no levantamento do Nerepp-UEPG estão no alho (9,96%), arroz (5,28%) e desinfetante (4,82%).

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