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Carateca Brenda Garret, de PG, conquista títulos mesmo na pandemia

Modalidade proporciona competições virtuais e mantém foco dos atletas

Foto: Arquivo

O caratê é uma das poucas modalidades esportivas que conseguiu se adaptar ao que popularmente ficou conhecido como ‘novo normal’ em virtude da covid-19. Competições virtuais foram a solução encontrada para dar prosseguimento ao calendário e a ponta-grossense Brenda Garret, de 17 anos, permanece à distância conquistando resultados positivos.

Durante a pandemia, Brenda faturou as três etapas do Campeonato Paranaense e também levou o título do Estadual Escolar. As conquistas trouxeram frutos e a jovem somou nova convocação para a Seleção Brasileira de Caratê, que tem um desafio internacional pela frente.

Virtualmente, a ponta-grossense e os demais brasileiros participarão do American Junior Karate League – competição continental de alto nível e que contemplará alguns dos principais nomes do esporte.

O American Junior está dividido em quatro etapas entre os meses de setembro e dezembro: Bogotá (Colombia), Nova Iorque (Estados Unidos), Toronto (Canadá) e Cidade do México (México) são as cidades que receberão as avaliações.

“O resultado da primeira etapa sai neste final de semana (dia 26 de setembro) e eu torço para que consiga uma boa classificação. São vários técnicos da América na avaliação. Há atletas de alto nível. Estou ansiosa esperando minha colocação nesse campeonato”, conta Brenda, que tem apoio da Secretaria Municipal de Esportes, do projeto Geração Olímpica do Governo do Estado e Copel e do Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.

Como é possível uma competição virtual?

O caratê tem duas modalidades: o kata e o kumite. Esta segunda é a luta, mas a primeira é realizada individualmente. No kata, os jurados avaliam técnicas de movimento do carateca. Por exemplo, questões de equilíbrio, de leveza e de intensidade. Ou seja, o kata tem a viabilidade de ser realizado de forma virtual.

No American Junior Karate League, os atletas se inscreveram e gravaram a apresentação. Este vídeo será analisado pelos treinadores e comitês para determinar a classificação dos participantes.

O semelhante aconteceu nas competições que Brenda Garret venceu ao longo da pandemia. Todas foram apenas no kata e sem a condição presencial.

Foco durante a pandemia

A atleta de Ponta Grossa relata que o início da pandemia foi prejudicial na preparação, mas que não deixou se abater pelas circunstâncias. Além disso, Brenda Garret teve alguns privilégios. “Quando a quarentena começou, nós cancelamos todos os treinos com a equipe, mas mantive os meus treinos individuais. Sou privilegiada por ter uma academia na frente de casa. Então ficou cômodo, pois podia encaixar treinos em qualquer horário”, explica.

Treinada pelo pai, Anderson Garret, ela teve apenas um compromisso presencial em 2020, na cidade de Natal (RN). Depois, todos os eventos foram cancelados.

“Foi complicado no começo, pois tínhamos muitas dúvidas do que poderia acontecer, mas mantive o foco, pois a preparação nunca pode parar. Tem que ter bastante cabeça para isso. Creio que esta situação está sendo um aprendizado, pois tivemos que nos adaptar, aprender coisas novas e nos unirmos mesmo distantes. Acredito que tudo tem um ponto positivo”, conclui a ponta-grossense.

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