O calor intenso dos últimos dias, aliado às pancadas de chuvas, aumenta os riscos de ataques por animais peçonhentos. Os escorpiões são os responsáveis pela maior ocorrência destes acidentes no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.
Em Ponta Grossa, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica e Controle de Doenças, foram registrados 280 ataques por escorpião no ano passado. Neste ano, de janeiro até o momento, já foram 141 casos registrados.
Segundo o Ministério da Saúde, com as chuvas, os animais peçonhentos são obrigados a sair dos seus esconderijos e a procurar novo abrigo, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Assim, não é difícil encontrá-los nas proximidades das casas, jardins e parques.
"O mato também cresce mais e as pessoas acabam realizando a limpeza das áreas sem as medidas cabíveis, como luvas de raspa e botas altas. Aranhas e cobras também podem se esconder em gramas altas e entulhos, como restos de construção civil, por exemplo", explica o médico veterinário e responsável pelo setor de Zoonoses de Ponta Grossa, Leandro Monteiro Inglês.
Em 2019, até o momento, também foram registrados 350 ataques por aranha e oito casos de picada de serpente em Ponta Grossa. "É importante também utilizar panos úmidos e/ou saquinhos de areia embaixo das portas para evitar a entrada dos animais peçonhentos. A mesma dica serve para os ralos de banheiros e lavanderias que devem ser tampados. Já dentro de casa, é importante que os armários sejam sempre abertos e os cantos estejam sempre limpos. A aranha marrom, principalmente, costuma ficar atrás de quadros e de coisas muito 'velhas'", comenta Leandro.
Acidentes
Em casos de acidentes, Leandro orienta para que se procure uma Unidade de Saúde mais próxima. "Em casos mais graves, o paciente é levado até o Pronto Atendimento para tomar o soro. Além disso, sempre que encontrar a aranha e/ou escorpião, por exemplo, é necessário levar até a unidade para que o profissional saiba qual procedimento adotar", explica.
O Hospital Municipal Amadeu Puppi, em Ponta Grossa, é referência para o tratamento de acidentes envolvendo animais peçonhentos. O HM é responsável por armazenar os soros anti-peçonhentos que são fornecidos pela 3ª Regional de Saúde. De acordo com a Saúde, a aplicação do soro no paciente é feito mediante um protocolo, de acordo com a identificação dos sinais clínicos da vítima que justifiquem a utilização. (L.S.)
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