Os cinco candidatos que concorrem nas eleições municipais deste ano à prefeitura de Ponta Grossa, sendo três homens e duas mulheres, já pediram o registro de candidatura junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No site Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais, estão disponíveis uma série de informações dos candidatos, incluindo participação em eleições anteriores e lista de bens declarados.
Em consulta realizada no site nesta sexta-feira (25), era possível verificar que, no que se refere à lista de bens declarados, o candidato a prefeito Marcio Pauliki (SD) é o que aparece com o maior patrimônio: são R$ 13,3 milhões, valores correspondentes à empresa de odontologia, administradora de bens, além de veículo, apartamentos, dinheiro em espécie, quotas de capital em diversas empresas, ações, consórcio e terrenos. Entre os valores estão ainda 20% do direito dos atletas de futebol Maicon João Veiga da Silva – que atualmente joga no Taubaté (SP) – e Patrick Bezerra Nascimento – que joga Sport Club Internacional. Os valores declarados por Pauliki em 2020 estão abaixo dos declarados há dois anos, quando ele disputou a eleição para deputado federal, em 2018. Na época, os bens declarados somavam R$ 18,3 milhões.
Na sequência, aparece a candidata a prefeita, deputada estadual e advogada Mabel Canto (PSC). Os bens declarados por Mabel incluem uma casa – no valor de R$ 720 mil – e dois automóveis, totalizando R$ 856 mil em bens, valor acima do declarado há dois anos, quando ela disputou as eleições proporcionais e foi eleita deputada estadual. Em 2018, Mabel declarou patrimônio de R$ 125 mil, sendo uma casa – no valor de R$ 80 mil – além de dinheiro em espécie e um carro.
O terceiro maior patrimônio declarado entre os candidatos a prefeito de Ponta Grossa é do Professor Gadini (PSOL), no valor de R$ 486,8 mil. O montante inclui veículo, terreno na praia de Ubatuba, em São Francisco do Sul (SC), apartamento em Ponta Grossa, investimento em poupança e quotas de capital da empresa Cervejaria Tavarana. O valor do patrimônio de Gadini, cuja ocupação declarada é professor de ensino superior, aumentou em comparação com o que foi declarado por ele em 2016, quando também concorreu ao cargo de prefeito de Ponta Grossa. Na época, os valores dos bens – um apartamento e depósitos bancários – alcançavam R$ 278,6 mil.
Na sequência, aparece o candidato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Professor Edson, que declarou relação de bens na ordem de R$ 312 mil, correspondente a uma residência e um carro. O valor declarado pelo professor de ensino superior é semelhante ao declarado nas eleições em 2016, quando Edson concorreu a uma vaga de vereador em Ponta Grossa. Naquele ano, ele declarou patrimônio de R$ 330 mil, correspondente a uma casa, um carro, depósito bancário e fundo de investimento.
A vice-prefeita de Ponta Grossa e candidata a prefeita, Professora Elizabeth Schmidt (PSD) é a candidata com menor valor de bens declarados no site divulgacandcontas.tse.jus.br. A lista de bens declarados de Elizabeth soma R$ 98,8 mil, correspondente a dois consórcios não contemplados, depósitos bancários e dinheiro em espécie. O valor é bem abaixo de R$ 1,6 milhão declarado por Elizabeth em 2016, quando concorreu ao cargo de vice-prefeita. Na época, na lista de bens da candidata constavam quatro terrenos, consórcios, prédio comercial, casa em Ponta Grossa, um apartamento em Itapema (SC), quotas de capital e depósito bancário.
BOXX
Obrigatoriedade
A disponibilização de listagem de bens em toda eleição é obrigatória, conforme norma do TSE. O objetivo é tornar o processo eleitoral transparente, e combater o enriquecimento ilícito. Mas, como a regra possui brechas, é comum que ao realizar declaração, muitos candidatos não declarem o que, de fato, possuem, conforme é exigido pela Receita na declaração do Impostos de Renda.