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Advogado de Ponta Grossa que diz ser o ‘Superman Brasileiro’ é citado na CPI da Covid

Foto: Arquivo DC

O advogado Aldebaran Luiz Von Holleben, de Ponta Grossa, teve nome citado nesta terça-feira (3) na CPI da Covid em Brasília. O jurista que entrou na Justiça em março para ser reconhecido como o ‘Superman’ no Brasil seria parceiro do reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) e que estava prestando depoimento aos senadores.

Em determinado momento da sessão,  o senador Jean Paul Prates (PT-RN) perguntou se o reverendo conhecia Aldebaran Luiz Von Holleben, dono de um dos selos usados pelo reverendo em documentos.

O reverendo Amilton usou a logo de Aldebaran no documento enviado para o Ministério da Saúde. “Parece brincadeira, mas esse cara diz ser o Superman brasileiro”, disse o petista durante a fala. O advogado ponta-grossense seria representante de uma entidade parceira do reverendo. Amilton, no entanto, negou proximidade com o advogado.

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Retomada da CPI

Após 15 dias de recesso, a CPI retomou os trabalhos nesta terça, quando também retomou a apuração sobre intermediários de venda de supostas vacinas contra a covid-19. A comissão convocou o reverendo Amilton Gomes de Paula. Ele é presidente de uma empresa chamada Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), com sede em Águas Claras (DF), e tentou negociar supostas doses da vacina AstraZeneca com o Ministério da Saúde.

O reverendo Amilton Gomes de Paula admitiu que havia uma expectativa de a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) receber uma doação ao intermediar o acesso da empresa Davati ao Ministério da Saúde. A Davati tentou vender vacinas ao governo sem comprovar a capacidade de entregar as doses.

Em depoimento na CPI da Covid, o reverendo declarou que acionou o ministério apenas de forma formal, por meio de e-mails institucionais, e negou ter alguma relação que tenha facilitado os contatos dele na negociação. A versão causou estranheza de senadores, que suspeitam de favorecimento do governo. O pastor alegou que não recebeu aval de nenhuma autoridade pública para a intermediação.

Ao ser questionado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), ele afirmou que não fez nenhum acordo com a Davati, mas admitiu conversas sobre uma doação para a ONG que representa. “Não foi estabelecido nenhum valor. Desde o início, falava-se sobre doação”, declarou. De acordo com o reverendo, a atuação dele era apenas “humanitária”. Ele negou conhecer pessoas no governo ou pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro. “O nosso interesse era extremamente humanitária.” O reverendo disse ainda que “doação não é ilegal, não caracteriza vantagem.”

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