Com 100% da área já plantada no estado, a segunda safra de milho registra alta nas toneladas produtivas, chegando a 153,7 mil na região até o final de maio. O número é uma estimativa divulgada pelo Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), que aponta uma alta de 46% na produção em relação à safrinha 2017/2018 – quando o total somava 105.270 toneladas.
O crescimento também foi registrado no total paranaense, que já rendeu 12.964.822 toneladas nesse ano, 42% a mais do que na mesma safra do período anterior. Em relação à área de cultivo a variação é pequena, de 7% no estado (2,24 milhões de hectares), mas quase 22% na região de Ponta Grossa, que somou 26,5 mil hectares nesta segunda safra 2018/2019.
Na região, o rendimento apresentou um crescimento de 20% de um ano para o outro, permitindo a produção de 5,8 mil quilos por hectares – no período passado o total eram de 4,84 kg/ha. A média estadual, apesar de registrar um rendimento pouco menor do que o verificado localmente, de 5.768 kg/ha, teve uma variação maior, de 32%, já que apresentou um rendimento bem mais baixo na safra 2017/2018: 4.357 kg/ha.
Em todo o estado a segunda safra de milho já foi iniciada em todas as grandes regiões, excluindo-se apenas os núcleos regionais de Paranaguá e Curitiba – que na primeira safra registrou a terceira maior quantidade de toneladas produzidas. No geral, a condição é 84% boa, 13% média e apenas 3% ruim; alguns grãos ainda encontram-se na fase de floração (10%), outros estão em frutificação (57%) e 33% deles estão em maturação.
Em nenhuma das dezoito regiões do estado onde a safrinha foi iniciada o rendimento caiu neste ano; porém, enquanto na primeira safra o melhor resultado foi 10,9 mil quilos por hectare (Pato Branco), nesta a maior média de rendimento foi 6,95 mil kg/ha, em Irati. União da Vitória, assim como em 2017/2018, teve o pior desempenho, de 2,3 mil kg/ha.
Avaliação
O economista Luiz Alberto Vantroba, do núcleo regional ponta-grossense do Deral, destaca que esses ainda são resultados preliminares. “Estive no início de junho em cidades como Piraí do Sul e Ventania, onde há produtores que esperam até 9 mil kg/ha, número que também pode ser superado no final do cultivo”, aponta Vantroba.
O economista lembra a segunda safra de milho é uma safra de risco. “Antigamente, há 20 ou 30 anos, nem plantávamos a segunda safra, já que ela possui maiores riscos de ataques de pragas e adversidades climáticas, por exemplo”, afirma o técnico.
Safrinha de milho em Ponta Grossa e região
Área produtiva
2017/2018: 21.750 hectares
2018/2019: 26.500 hectares
Variação de 22%
Produção
2017/2018: 105.270 toneladas
2018/2019: 153.700 toneladas
Variação de 46%
Rendimento
2017/2018: 4.840 kg/ha
2018/2019: 5.800 kg/ha
Variação de 20%
*Dados do Deral/Seab de maio/2019