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Região registra alta produtividade em feijão e milho

O Projeto Centro-Sul de Feijão e Milho está completando 30 anos. Fruto da parceria entre Syngenta, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater, Embrapa, Instituto Agronômico de Campinas e Prefeituras Municipais, o projeto tem como prioridade profissionalizar pequenos agricultores, aumentando a produtividade e a renda de lavouras. A iniciativa viabiliza o acesso às boas práticas e contribui para a sustentabilidade da agricultura.

"O trabalho começou discutindo o uso correto de agrotóxicos e segurança na aplicação. Depois vieram as orientações sobre o plantio direto e, posteriormente, tecnologias de produção de feijão e milho adequadas ao produtor familiar", conta o coordenador estadual do programa, Germano Kusdra.

Segundo o engenheiro agrônomo, os ganhos em produtividade são notórios. Enquanto a produtividade média nacional de feijão na safra 2018/2019 ficou em 1.031 kg/ha, a estadual 1.551 kg/ha, os produtores que participaram do projeto colheram 2.111 kg/ha. No caso do milho os números também revelam um aumento significativo. Dados da Conab informam que a produtividade média nacional na última safra chegou a 5.718 kg/ha. No Paraná a média ficou em 6.394 kg/ha e agricultores do projeto conseguiram atingir a produtividade de 8.816 kg de milho por hectare.

Evento

Projeto Centro-Sul de Feijão e Milho discutiu práticas agrícolas com produtores na última semana (Foto: Divulgação)

Nos últimos dias o projeto promoveu a sua 21ª Semana de Campo na Fundação ABC, em Ponta Grossa. O encontro previa reunir quase 1.800 produtores e profissionais das cadeias produtivas para debater temas centrais do projeto. A preservação do meio ambiente, o manejo do solo, novas cultivares de feijão e híbridos de milho, manejo integrado de pragas e controle de doenças foram alguns dos assuntos discutidos.

De acordo com Germano Kusdra, os agricultores tiveram a oportunidade de conhecer novas tecnologias que podem melhorar a produtividade e aumentar a renda das lavouras, além de conferir a explanação de 32 novos materiais, entre variedades de milho e feijão.

Uma das novidades deste ano foi a apresentação de resultados e do protocolo do MIP (Manejo Integrado de Pragas) do feijão. De acordo com o coordenador estadual do projeto, até a realização desse trabalho, não havia orientações específicas para o Paraná.

Segundo o coordenador estadual do programa a função do MIP não é apenas reduzir o uso de agrotóxicos, mas também definir o produto certo, no momento adequado. "Isso reduz os custos das lavouras, porque diminui o gasto com produtos, mão de obra, maquinário e amassamento da cultura", afirma Kusdra, que informa que, de maneira geral, o número de aplicação de inseticidas nas áreas dos agricultores do projeto reduziu de três para uma aplicação.

Estrutura

O Projeto Centro Sul de Feijão e Milho mobiliza uma equipe de 50 técnicos do Instituto Emater, além de profissionais de prefeituras, em 46 municípios do estado nesta safra 2019/20. Ao todo, 2.000 agricultores familiares são acompanhados pelos extensionistas, além de produtores que participam ocasionalmente de alguma atividade do projeto.

 

Agricultores que participam do projeto registraram produtividades maiores do que as médias nacionais e estaduais (Foto: Divulgação)

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