O Governo do Paraná anunciou, na última segunda-feira (22), a ampliação da vacinação para os grupos prioritários de idosos de 70 a 74 anos e comunidades quilombolas. A medida se deu após o recebimento de mais 369.650 doses da vacina para as 22 Regionais de Saúde do Estado. Somente para a 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa foram entregues 18.030 frascos dos imunizantes Coronavac/Butantan e Astrazeneza/Oxford.
Segundo o governo, a extensão da vacinação para os novos grupos é parte de uma nova estratégia de vacinação do Ministério da Saúde, que recomendou aumentar a população vacinada pela primeira dose. Desta maneira, as 129,2 mil doses restantes do oitavo lote recebido, que estavam armazenadas no Cemepar até a data indicada para a segunda dose, passam a ser destinadas à primeira dose dos grupos.
A expectativa é que, com o aumento da produção de doses das vacinas no país, o Ministério envie novas remessas referentes às segundas doses dentro do prazo recomendado pelas fabricantes. “Nós queremos que as vacinas cheguem nos braços dos paranaenses para aumentar a imunização no Estado. A primeira dose já consegue dar, depois de alguns dias, condições para que o paciente se por ventura for infectado tenha um quadro muito mais leve, não permitindo a necessidade de uma internação hospitalar”, explicou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.
“O Ministério da Saúde nos garante um maior fluxo de vacinas, e eu reitero a necessidade de que esse fluxo seja cumprido. Estamos em um momento em que precisamos ampliar a base de vacinados. Aumentando as pessoas vacinadas pela primeira dose, rapidamente nós conseguimos duplicar esse número”, complementou.
As doses recebidas na segunda-feira correspondem à nona remessa recebida pelo Paraná no último sábado (20) compostas por 240,4 mil doses, juntamente com a segunda metade da remessa recebida na última terça-feira (16), somando 129,2 mil doses. “Vão vir vacinas para a segunda dose para cobrir o que estamos fazendo agora. É um risco que vamos correr. A orientação é vacinar utilizando todas as doses que temos em estoque”, disse Beto Preto.
Entenda
Inicialmente, a orientação do Ministério da Saúde foi pela manutenção de estoques para aplicação da segunda dose dos imunizantes, mas, diante da confirmação de entregas semanais pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan, a medida foi tomada para ampliar o número de vacinados em todo o país.
De acordo com o Ministério da Saúde, a liberação das doses que seriam mantidas em estoque estava em estudo há duas semanas e foi implementada após o aceleramento da produção nas duas instituições brasileiras com a chegada de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado.