Por Millena Sartori/portal dcmais
No decorrer deste ano o Paraná fará novos leilões para determinar quais empresas administrarão os pedágios do estado pelos próximos 30 anos. O estudo que define o novo modelo, ao qual o portal dcmais teve acesso, aponta quais serão os trechos incluídos, divididos em seis lotes, os investimentos que deverão ser feitos e os prazos para eles.
No total 3.327 km de estradas paranaenses serão pedagiadas. Mais de a metade desta extensão (56%) receberá obras de duplicação, somando mais 1.861 km de novas vias duplicadas, além de 358 km de novas faixas adicionais. Os três lotes que passam por Ponta Grossa somam 906 km de duplicações, 292 km de faixas adicionais e 90 km de marginais.
Entre os investimentos pré-determinados também estão 195 passarelas, 10 contornos urbanos e 1.041 interseções e obras de arte especiais (OAEs), como pontes, viadutos e túneis, por exemplo.
Apesar de não apontar detalhadamente os trechos que serão duplicados, o estudo geral aprovado pelo Ministério da Infraestrutura mostra quantos km serão duplicados em cada lote e quais estradas compõem cada lote; veja no final da reportagem. O prazo de início de todas é o ano 3 dos contratos e o prazo final varia conforme o lote, não ultrapassando o ano 9.
Tarifa superior
Como mecanismo de real incentivo à execução das obras o estudo prevê que seja estabelecida uma tarifa 40% superior para pistas duplas. “A não execução de obras, portanto, reduz a taxa de retorno da concessão. O usuário não paga antecipado por duplicação futura, a tarifa aumenta em linha com aumento de capacidade da rodovia”, aponta o documento.
Escolha das empresas
A escolha das empresas que administrarão os pedágios será feita através de um modelo híbrido, funciona da seguinte forma: o governo impõe um preço máximo de desconto no valor da tarifa. Esse desconto está fixado entre 15% e 17%, a depender do lote. Caso as empresas empatem, vence quem pagar a maior taxa de outorga. Pelo novo estudo, metade desse valor de outorga será aplicado em obras no trecho ou na redução da tarifa e os outros 50% vão para os cofres do Governo Federal.
Lote 1
- Ponta Grossa – Prudentópolis – Irati – Palmeira – Curitiba – Colombo e São José dos Pinhais
- Palmeira – Lapa – São José dos Pinhais
- Campo Largo – Araucária
– 352 km de duplicações (do ano 3 ao ano 7, sendo a maior parte no ano 3)
– 201 km de faixas adicionais (do ano 3 ao ano 9, sendo a maior parte no ano 7)
– 36 km de marginais
Lote 2
- Ponta Grossa – Jaguariaíva – Itararé e Ourinhos – Cornélio Procópio
- Curitiba – Paranaguá e Pontal do Paraná e Guaratuba
– 352 km em duplicações (do ano 3 ao ano 8, sendo a maior parte no ano 3)
– 66 km de faixas adicionais (do ano 4 ao ano 9, sendo a maior parte no ano 8)
– 39 km de marginais
Lote 3
- São Luiz do Purunã – Ponta Grossa – Ortigueira – Mauá da Serra – Apucarana – Arapongas e Mandaguari
- Mauá da Serra – Londrina – Sertanópolis – Ibiporã e divisa entre PR e SP
– 202 km em duplicações (do ano 3 ao ano 7, sendo a maior parte no ano 3)
– 25 km de faixas adicionais (no ano 7)
– 15 km de marginais
Lote 4
- Maringá – Cornélio Procópio
- Maringá – Paranavaí – Nova Londrina – divisa PR e SP
- Maringá – Umuarama – Guaíra
– 173 km em duplicações (do ano 3 ao ano 6, sendo a maior parte no ano 3)
– 66 km de faixas adicionais (do ano 4 ao ano 8, sendo a maior parte no ano 8)
– 39 km de marginais
Lote 5
- Maringá – Campo Mourão – Cascavel – Marechal Cândido Rondon – Guaíra
– 244 km em duplicações (do ano 3 ao ano 6, sendo a maior parte no ano 3)
– 21 km de marginais
Lote 6
- Guará – Guarapuava – Cascavel – Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão – Pato Branco
– 538 km em duplicações (do ano 3 ao ano 9, sendo a maior parte no ano 6)
– 111 km de marginais
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