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Morte de peixes em Castro: saiba quais podem ser as causas

Foto: Divulgação

O Instituto Água e Terra (IAT) colheu amostras das águas do Rio Iapó, e aguarda o resultado dos exames para determinar a causa da morte de peixes em Castro. O fenômeno foi verificado pela primeira vez no domingo (5), quando grandes peixes vieram à superfície do rio que corta a cidade.

Populares capturavam os peixes com as próprias mãos, o que obrigou a prefeitura a interditar o acesso ao rio, pela Prainha do Rio Iapó. Além do IAT, trabalham em conjunto a Superintendência de Meio Ambiente da Prefeitura de Castro, Sanepar e Guarda Municipal.

A prefeitura e o IAT orientam a população a não retirar do rio peixes para consumo, uma vez que eles podem, neste momento, estar contaminados. Nos próximos dias, os resultados dos exames da água coletada devem demonstrar de forma mais precisa o que ocasionou a morte de peixes, e indicar culpados, se for algo relacionado a crime ambiental.

Morte de peixes

Sobre o Rio Iapó e junto às margens apareceram peixes de várias espécies, alguns agonizando e outros já mortos. A estimativa até o momento é que cerca de uma tonelada de peixes mortos foram recolhidos e enviados para local adequado.

O incidente causou a interrupção da captação de água para o abastecimento na estação do Rio Iapó, ficando somente o fornecimento por meio das estações do São Cristóvão e Santa Leopoldina. (Com informações da Prefeitura de Castro)

Possíveis causas

A bióloga Adriana Marques Canha, da Superintendência de Meio Ambiente, apontou as possíveis causas para o dano ambiental. Veja quais itens estão sendo considerados pelos técnicos:

  • Estiagem: Não seria a primeira vez que a estiagem ocasionaria a morte de peixes na região. Há exatamente um ano, em 11 de setembro de 2020, houve mortandade de peixes na Represa de Alagados, em Ponta Grossa. Na ocasião o IAT apontou a estiagem e baixa oxigenação da água como causa.
  • Dejetos: O rio atravessa áreas rurais, nas quais ocorre a criação de suínos e gado leiteiro. Não está descartada a possibilidade de ter ocorrido o lançamento irregular de dejetos de animais no leito do rio. Isso pode interferir na fauna, especialmente se for lançamento em grande quantidade.
  • Indústrias: Também há indústrias instaladas próximas ao leito do rio. Eventualmente, vazamentos podem ocorrer, com produtos químicos indo parar no curso da água. A situação é passível de multa, mas exige a identificação do local do vazamento por parte da empresa e dos órgãos competentes.
  • Queimadas: Houve registro de queimadas nas várzeas do rio na sexta-feira (3). Essa prática pode gerar o fenômeno da “dequada”. Trata-se da alteração da qualidade da água, provocada pelo incêndio em vegetação próxima, que tem como consequência a morte dos peixes. Essa é uma das principais hipóteses no momento.

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