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Ex-PM denunciado por estupro e feminicídio é condenado a 40 anos

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Tribunal do Júri condenou a 40 anos e 3 meses de prisão o ex-policial militar, Peterson Cordeiro, denunciado pelo Ministério Público do Paraná pelos crimes de estupro, homicídio e ocultação de cadáver praticados contra a jovem Renata Larissa em maio de 2018. O julgamento durou quase 10 horas.

Segundo as investigações, a vítima teria desaparecido após receber mensagem em seu telefone celular e ir até o portão de sua casa, no município de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.

O corpo de Renata, que tinha 22 anos, foi encontrado em um matagal às margens da BR-376, em São José dos Pinhais, com sinais de asfixia, dois meses após o crime. O réu – que também passou a ser investigado por outros crimes de estupro – foi preso em 20 de julho de 2018.

Tentativa de manobra

No curso das apurações, conduzidas pela Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos contra a Vida, com apoio do Núcleo de Apoio à Vítima de Estupro (Naves), unidade especializada do MPPR, identificou-se que, mesmo após preso no Complexo Médico Penal, o réu permanecia fazendo uso de telefone celular, por meio do qual mantinha comunicação com outras mulheres, em aplicativos de relacionamentos.

Além disso, para simular distúrbio mental, o que o tornaria inimputável – recurso que chegou a ser apresentado pela defesa no curso do processo – o ex-policial estaria buscando informações sobre como forjar estado de esquizofrenia.

Isso foi verificado a partir de busca e apreensão realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que localizou um aparelho de telefone celular em marmita do ex-PM.

Ao final da sessão de julgamento, todas as teses sustentadas na denúncia foram acolhidas pelo Conselho de Sentença. Foram consideradas as qualificadoras de feminicídio (crime cometido em razão do sexo feminino da vítima), recurso que dificultou a defesa da vítima, crime praticado com a intenção de ocultar crime anterior (no caso, o estupro) e asfixia. O réu seguirá preso e cumprirá a pena em regime fechado.

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